No ano seguinte, quando entrei no ensino médio, escavei outros interesses. Queria que aquela "sombra" de vocação ficasse mais delineada. Desde então, me alimento fartamente da literatura, produção de textos e tudo que se relaciona à Linguagem.
Felizmente, tive professores inspiradores. Talvez isso explica o fato de eu ter escolhido um curso de Licenciatura, mesmo numa época de extrema desvalorização. Mas também tive "professores por acidente" - aqueles que vivem reclamando da profissão. Muitos desses aconselharam-me cursos de "altos pisos salariais", como biotecnologia, biomedicina, e todas essas "bios" que estão em voga.
Recentemente, tentei pegar gosto por bioquímica num curso técnico. Não deu certo. Portanto, decidi não seguir "tendências de mercado" e "altos pisos salariais". Escolhi com o coração. Vou continuar sendo parte dos míseros dois por cento que pretende fazer uma licenciatura.
Quanto a ser professora? Quem sabe.
Bianca Gonçalves estuda por conta própria para entrar em Letras