Entrevistas Jornal Eldorado

Ouça aqui as entrevistas conduzidas pelos apresentadores Carolina Ercolin e Haisem Abaki


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Governo de SP vai transferir sede para o Centro; como ficam os moradores da região? Ouça análise

O governo de São Paulo pretende mudar a sede administrativa do Morumbi para a região central da capital paulista. O local escolhido é o Palácio dos Campos Elíseos, na avenida Rio Branco, que já abrigou a sede do governo estadual de 1915 a 1967. A região fica a cerca de um quilômetro do fluxo da Cracolândia.
A ideia é usar o imóvel como escritório do governador Tarcísio de Freitas e criar um anexo para receber outros setores do Palácio dos Bandeirantes. O projeto prevê 12 prédios na região para atender as secretarias de governo, num investimento de cerca de R$ 4 bilhões.  Para isso, o Estado deverá desapropriar 230 imóveis e realocar o terminal de ônibus Princesa Isabel. Somente com as desapropriações, o gasto poderá chegar a R$ 500 milhões. O governo estadual informa que as pessoas afetadas pelas desapropriações receberão indenizações ou terão preferência em programas habitacionais. Em entrevista à Rádio Eldorado, o pesquisador do LabCidade e do Observatório de Remoções, Renato Abramowicz Santos, disse que faltou diálogo com a população atingida para evitar “projetos violentos e autoritários”. Para ele, a chamada revitalização do Centro poderia ser direcionada para imóveis ociosos e vazios, sem a necessidade de promover demolições, 

17/04/2024 | 13h59
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Tarcísio quer policiais no controle de gravações de câmeras corporais; especialista aponta retrocesso

O edital lançado pelo governo de São Paulo para substituir e ampliar o número de câmeras corporais da Polícia Militar prevê que a gravação poderá ser iniciada e finalizada pelos agentes durante as ocorrências. Atualmente, a captação das imagens ocorre de forma ininterrupta. A Secretaria da Segurança Pública informou que o edital levou em consideração estudos técnicos que apontaram problemas relativos à autonomia da bateria e à capacidade de armazenamento dos equipamentos. O governo paulista anunciou nesta semana que pretende adquirir 12 mil câmeras para substituir as 10,1 mil unidades que estão em uso. Os equipamentos começaram a ser utilizados durante a gestão de João Doria (PSDB), em 2020, e resultaram na redução das mortes cometidas por policiais militares em serviço. O governador Tarcísio de Freitas defendeu que o acionamento remoto das novas câmeras corporais pelo Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) trará mais "governança" às gravações das ocorrências policiais. Segundo ele, apesar das críticas feitas por entidades da sociedade civil, será mais fácil fiscalizar o trabalho dos PMs. Tais argumentos são contestados pelo coronel reformado José Vicente Filho, ex-secretário nacional de Segurança Pública e professor do Centro de Altos Estudos de Segurança da PM. Em entrevista à Rádio Eldorado, ele considerou “equivocado” e “um retrocesso monumental” o novo modelo anunciado pelo governo paulista. “Havendo oportunidade, o policial não vai querer gravar”, afirmou.

24/05/2024 | 12h20
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Estudo aponta que cheia em Porto Alegre deve durar até o início de junho; ouça especialista

A cheia na Região Metropolitana de Porto Alegre deve durar até o início de junho, segundo um relatório do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em parceria com a empresa de engenharia ambiental Rhama Analysis. O Lago Guaíba permanece acima do nível dos 4 metros, após superar os 5,3 metros, e recua de forma lenta. A cota de inundação é de 3 metros. Há previsão de chuvas a partir de hoje, o que pode complicar o cenário ainda mais. Na histórica cheia de 1941, as águas levaram 20 dias para retornar ao patamar normal. Em entrevista à Rádio Eldorado, o diretor de Hidrologia da Rhama Analysis, Carlos Eduardo Tucci, disse que o fim da inundação pode ocorrer até 05 de junho, mas alertou que a previsão pode ser impactada pelos ventos.

21/05/2024 | 12h14
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“Ansiedade climática” é mais uma das consequências da tragédia no RS; ouça especialista

Diante de eventos climáticos extremos recentes, como as ondas de calor e as enchentes no Rio Grande do Sul, um termo tem sido usado com maior frequência para caracterizar as angústias relacionadas ao meio ambiente: a ecoansiedade. Também chamado de “ansiedade climática”, esse termo já foi incorporado pelo dicionário de Oxford e é definido pela Associação Americana de Psicologia como “medo crônico da catástrofe ambiental”. Em entrevista à Rádio Eldorado, a psicóloga e psicoterapeuta Camila Tuchlinski, especialista em Psicologia Psicossomática, disse que o problema já é observado nos consultórios e que um simples barulho de chuva pode despertar um “gatilho emocional”. Segundo ela, o tratamento envolve psicoterapia e, nos casos mais graves, é necessário o uso de medicamentos. “A Psicologia ajuda a entender o histórico de vida do paciente para tentar lidar com essas situações”, afirmou. Camila também alertou que as fake news que circulam sobre a tragédia no Rio Grande do Sul geram desconfiança na população e contribuem para o aumento dos casos de “ansiedade climática”.

15/05/2024 | 13h26
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Tragédia no RS: “Tivemos que montar uma força-tarefa só pra combater fake news”, diz vice-governador

O último balanço da tragédia climática do Rio Grande do Sul aponta que o número de mortos subiu para 107 e que há 136 pessoas desaparecidas, além de 67 mil em abrigos. O total de municípios atingidos chega a 425. Os dados foram atualizados pelo vice-governador Gabriel Souza, nesta quinta-feira, durante entrevista à Rádio Eldorado, durante a coluna de Eliane Cantanhêde. Ele disse que o Estado já vem contando com a ajuda do governo federal, mas defendeu que os valores mensais pagos pela dívida do Rio Grande do Sul com a União sejam aplicados na reconstrução da infraestrutura gaúcha. Em meio aos resgates dramáticos de vítimas das enchentes, Souza também criticou os disseminadores de fake news e anunciou que o Estado vai tomar providências legais contra eles. "Tivemos que montar uma força-tarefa só pra combater fake news”, afirmou. O vice-governador também lamentou a necessidade de deslocar policiais de operações de resgate para o combate de crimes, como vandalismo, saques, assaltos e casos de violência sexual em abrigos.

09/05/2024 | 12h52
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Marcio Astrini: “A única hora em que o Congresso ajuda o meio ambiente é quando está em recesso”

A tragédia climática do Rio Grande do Sul mostra a falta de preparo não só do Brasil, mas de vários países para lidar as mudanças climáticas. A constatação é de Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima. Em entrevista à Rádio Eldorado, ele ressaltou que a Ciência e especialistas já fazem alertas há muito tempo e não são ouvidos. “Se os políticos não querem ler os relatórios, basta abrir a janela de casa pra ver o que está acontecendo”, afirmou. Ele também criticou a falta de preocupação com o meio ambiente no orçamento público e especialmente as ações do Congresso para flexibilizar regras de proteção ambiental. “A única hora em que o Congresso ajuda o meio ambiente é quando está em recesso”, destacou.

09/05/2024 | 12h18
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