Entrevistas Jornal Eldorado

Ouça aqui as entrevistas conduzidas pelos apresentadores Carolina Ercolin e Haisem Abaki


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Regulação das redes sociais é censura e fere a liberdade de expressão? Ouça análise de especialista

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e os líderes partidários da Casa decidiram criar um grupo de trabalho para discutir fake news e regulação das redes sociais, mas sem o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) na relatoria. A avaliação é de que o projeto de lei relatado pelo parlamentar está “contaminado” e, por isso, ele perdeu as condições de liderar o debate. A discussão sobre fake news voltou ao Congresso após o bilionário Elon Musk, dono a rede social X (antigo Twitter), ameaçar descumprir ordens do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relacionadas à suspensão de contas da plataforma. Com a criação de um novo grupo para debater regras de regulação o PL 2630, relatado por Orlando Silva, pode ser engavetado. Segundo o presidente da Câmara, do jeito que estava, o projeto “não ia a canto nenhum”. Em entrevista à Rádio Eldorado, o cientista de dados e colunista do Estadão Sergio Denicoli afirmou que “regulação das redes não é censura”. Para ele, a discussão começou de maneira equivocada ao dar maior ênfase às fake news. “Há muitos crimes nas redes, até venda de drogas”, alertou.

10/04/2024 | 14h43
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Pesquisa revela resistência de evangélicos a algumas pautas bolsonaristas; ouça análise de especialista

Uma pesquisa realizada pelo Datafolha apontou que os evangélicos da cidade de São Paulo não concordam com todos os pontos de algumas pautas bolsonaristas. A maioria dos entrevistados se declarou contra o armamento da população, o homeschooling e a defesa da prisão para mulheres que decidem interromper a gravidez. O levantamento ouviu 613 paulistanos entre os dias 24 e 28 de junho. Em relação ao aborto, 68% dos evangélicos se declararam contra a interrupção da gravidez deixar de ser crime, enquanto 23% disseram ser a favor. Mas quando a pergunta envolve a prisão das mulheres que abortam, tema que entrou no debate por causa de um projeto de lei na Câmara dos Deputados que ficou conhecido como o PL do Estupro, a opinião muda. Neste assunto, 53% se colocaram contra a prisão, que no Legislativo foi defendida por vários bolsonaristas, e 29% disseram ser a favor. A defesa bolsonarista do armamento da população também não é apoiada pela maioria dos evangélicos: 66% são contra os cidadãos terem armas para se defender, ante 28% que são a favor. No caso do homeschooling, defendida por bolsonaristas contra o que chamam de “doutrinação” política e ideológica por parte dos professores, a discordância chega a 77%. Apenas 19% são favoráveis. Em entrevista à Rádio Eldorado, o professor Uziel Santana, do Departamento de Direito da Universidade Federal de Sergipe e fundador e ex-presidente da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE), disse que a pesquisa é “muito reveladora” por ter sido feita com evangélicos praticantes, que ele chamou de “crentes de carteirinha”. Na avaliação do especialista, um líder religioso exerce alguma influência sobre seus fiéis, “mas não a ponto de determinar o voto”.

25/07/2024 | 14h37
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A chegada das drogas k em São Paulo

O uso de drogas sintéticas na cidade de São Paulo vem aumentando ao longo dos anos, e uma, em especial, tem chamado a atenção: as drogas K. Essas surgiram em laboratórios no início dos anos 2000, têm como base os canabinóides sintéticos. Até 2020, a quantidade de drogas K apreendidas pela polícia civil do estado não passava de alguns gramas. Em 2021, já saltou para cerca de 5 quilos. No ano seguinte, 51 quilos e em 2023, foram 157 quilos. Aqui são misturadas com opióides poderosos como o fentanil, o que explica o estado letárgico dos usuários, como explica o Psiquiatra da Unifesp, Thiago Marques Fidalgo.

24/07/2024 | 16h29
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Privatização da Sabesp concluída: o que acontece agora? Secretária fala em mais investimentos

O processo de privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) foi concluído após o governo estadual vender 32% das ações da empresa, dos 50,3% que detinha, por R$ 14,8 bilhões. O preço das ações foi de R$ 67. Foram liquidadas as operações de compra feitas nas duas fases da desestatização. Na primeira, foram vendidas 15% das ações para o Grupo Equatorial, conforme anunciado em 28 de junho. Na segunda, iniciada na semana passada, foram vendidas 17% das ações para investidores físicos e jurídicos em bolsa. O Estado ficou com em torno de 18% das ações. Logo depois da conclusão do processo, a Sabesp anunciou uma redução em suas tarifas. Desde ontem, há uma baixa de 1% para a tarifa residencial, 10% para a tarifa social e vulnerável, e 0,5% para outras tarifas, aplicáveis somente para a primeira faixa de consumo. No entanto, críticos do modelo adotado apontam que a Equatorial, acionista de referência, não tem experiência em saneamento e sim na área de energia. Outro ponto questionado é o valor de R$ 67 por ação. O governador Tarcísio de Freitas disse que o preço pago pelos investidores ficou bem acima das cotações de quando o processo começou, há 18 meses. Em 2022, os papéis da companhia foram negociados por valores entre R$ 33 e R$ 51, mas no dia do leilão estavam em R$ 74. Em entrevista à Rádio Eldorado, a secretária estadual do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, também afirmou que o valor arrecadado “superou a expectativa”. Sobre a falta de experiência da Equatorial no setor, ela declarou que a Sabesp continua a ser a operadora e que o acionista de referência cuidará da gestão e dará “mais governança” à empresa. Segundo Natália, a chamada universalização, com o acesso de toda a população ao sistema de água e esgoto foi antecipada para 2029, com investimentos de R$ 67 bilhões. 

24/07/2024 | 13h23
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Rombo do governo vai R$ 28,8 bilhões. Como resolver? Ouça análise de especialista

O governo federal revisou ontem para cima a projeção de déficit para as contas públicas em 2024, mesmo após o congelamento de R$ 15 bilhões em despesas, anunciado na semana passada. Agora, a estimativa é de um rombo de R$ 28,8 bilhões. A meta perseguida pela equipe econômica é de déficit zero, com margem de tolerância de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). O rombo projetado para este ano está dentro do limite. O rombo cresceu principalmente por causa dos gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que cresceram R$ 6,4 bilhões. Em seguida, vieram as despesas com a Previdência Social, com mais R$ 4,9 bilhões. Também houve aumento de R$ 1 bilhão na projeção de despesas com pessoal e encargos sociais. Na visão da equipe econômica, os gastos continuam controlados, em 19,4% do PIB - pouco acima da média de 19,2% verificada entre 2015 e 2023, excluindo o ano de 2020, que teve a eclosão da pandemia de covid-19. Em entrevista à Rádio Eldorado, o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP, disse que a melhor opção para as contas públicas seria vincular todos os gastos ao teto do arcabouço, incluindo saúde, educação e os previdenciários. Segundo ele, tal vinculação não implicaria em cortar gastos em áreas prioritárias.

23/07/2024 | 13h09
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Os próximos passos dos parques Bixiga, Banespa e Campo de Marte

No começo de Julho, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou o projeto de lei que inclui a criação do Parque Rio Bixiga, localizado no entorno do Teatro Oficina, no centro da cidade. No mesmo texto, os vereadores aprovaram também o Parque Banespa, na sede do clube de mesmo nome, em Santo Amaro, na zona sul da capital. Outro Parque que começa a se desenhar é o que será implantado no Campo de Marte, na zona norte de São Paulo. Um acordo entre município e União permitiu que o parque fique dentro da área de 406 mil metros quadrados, que são 20% do terreno de mais de 2 milhões de metros quadrados, e que funciona o mais antigo aeroporto da cidade.

22/07/2024 | 12h30
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