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Uma alimentação consciente no paraíso da comilança

Por que gostamos tanto do Natal?

Por Juliana Carreiro
Atualização:

 

 

Eu sou do tipo que adora o Natal. Por mim, já deixaria minha casa enfeitada desde outubro. Gosto de sair pra ver as casas e as cidades decoradas, de ouvir músicas e assistir a filmes com essa temática, alguns revejo todos os anos, como uma tradição. Estou passando este gosto para o meu filho. Sei que muitas pessoas não ligam pra essa data e que tantas outras me acompanham na empolgação.

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Esses dias fiquei me perguntando: O que me faz gostar tanto do Natal? A comida? Os presentes? O clima do descanso que virá depois de um ano cheio de chatices e afazeres? Não. Eu gosto de tudo isso, mas entendi que o segredo são as lembranças de família, aquelas mais antigas, que são capazes de nos aquecer depois de décadas. Os pratos que mais amamos certamente são aqueles que nos remetem a estes dias especiais, por isso buscamos reproduzir as receitas feitas pelas nossas mães, tias, avós... pelo menos aqui em casa é assim. 

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Como anda a sua família?

Tenho o privilégio de ter nascido em uma família que está sempre unida nesta data e aproveita pra reforçar os laços de amor e união. Brigamos durante o ano? Claro, somos uma família normal, mas os sentimentos bons prevalecem. É importante deixar claro que não existe uma configuração correta de família, se o dicionário diz outra coisa, basta ignorá-lo, a vida é muito maior do que algumas poucas palavras. 

Pra mim o que caracteriza uma família é a união e a convivência com as pessoas que amamos e com quem podemos contar. Você pode até ficar surpreso, mas no meu caso, além dos meus parentes de sangue, que tenho a sorte de ter sempre por perto, considero como família o meu ex-marido, que é pai do meu filho, e a namorada dele, que virou uma grande amiga. Viu? É você quem decide quem irá fazer parte da sua. 

Com este conceito em mente, quero saber: como está a sua relação com a sua família? Ficou estremecida por causa de política como tantas outras? Então por que não aproveitar a chegada do Natal pra fazer as pazes com aqueles que realmente importam pra você? Os nossos representantes já foram definidos e nada vai mudar, pelo menos nos próximos quatro anos. Você vai preferir viver este período sozinho e cheio de mágoa ou ao lado de quem está presente nas suas melhores lembranças?

Novo começo

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Se as suas memórias de infância não foram tão boas assim, se, pra você, o Natal é um dia como qualquer outro, também é tempo de criar novas histórias para os anos que virão. E pode ter certeza, dificilmente se cria lembranças boas sozinho. Pode enfeitar a casa o quanto quiser, saborear os pratos mais sofisticados e deliciosos, se estiver se sentindo só, esta data não fará sentido.

Eu sei que é fácil falar e que, dependendo de como foram os últimos meses, esta reconciliação será um das tarefas mais difíceis do ano. Pode ser mais cômodo permanecer como está, mas será que é a melhor saída? Não desejo pra ninguém um novo ano repleto de mágoa, rancor, ódio, saudades, arrependimentos. Então tome coragem, chame as pessoas pra perto de você, capriche na comida simples e afetuosa, prepare-se para a bagunça e para o barulho, se encha de perdão, amor e empatia e tenha uma linda noite feliz. 

 

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