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Mãe, bebê e pet: como estabelecer uma relação saudável em casa?

Animais de estimação estimulam o companheirismo e auxiliam no desenvolvimento infantil

Por Camila Tuchlinski
Atualização:
Relação entre mãe, filho e pets é saudável, mas precisa de cuidados. Foto: Pixabay

O nascimento de um filho mexe com a vida de toda a família. E com os pets não é diferente. O desafio é saber como eles vão reagir a novidade. A jornalista Camila Matos está no quarto mês de gestação. Ela e o companheiro já estão fazendo mudanças na casa para receber o pequeno Heitor, que deve nascer em setembro. O casal é tutor dos vira-latas Opie, de três anos, e Nina, de quatro.  “Primeiro a gente pintou o quarto. E é justamente o quarto vazio que a gente deixa as caminhas deles (pets). Principalmente a Nininha acha que o quarto é dela. Então, aos poucos, estamos começando a tirá-la do quarto, não de uma hora para outra. A gente pintou o quarto e vamos retirar as caminhas de lá, começar a colocar as coisas de bebê e ela vai entendendo que o cantinho não é mais dela. Nina é muito territorial”, conta Camila. A contratação de um adestrador também não está descartada. “Também me preocupo de ela achar que foi tirada do lugar e haver algum tipo de problema depois, de adaptação com o bebê”, diz. Opie foi adotado em 2015 e estava com 40 dias de vida. A ex-tutora não tinha condições de ficar com o cachorro. A Nina foi resgatada da rua. “A gente sabe que ela tem histórico de maus-tratos. Ela era uma cachorra muito medrosa, desconfiada, principalmente com homens desconhecidos”, explica a jornalista. Ao ser questionada se trata os cães como filhos, Camila dá risada: “Minha relação com eles é praticamente mãe e filho, porque chamo eles de filhos. ‘Mamãe quer falar com você’...essas coisas. O amor que eles têm com você, a lealdade, é uma coisa muito forte. É um membro da família”. 

Opie e Nina aguardam a chegada do pequeno Heitor, previsto para nascer em setembro. Foto: Arquivo pessoal

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Assim como os humanos, não dá para prever a reação dos pets com a chegada de um bebê. Em certo momento, cães e crianças serão amiguinhos e essa relação ajudará muito no desenvolvimento infantil, mas isso pode levar um certo tempo.

Como adaptar a rotina de casa com pets e bebês?

O trabalho de readequação da rotina e dos hábitos deve valer para todos da casa. Durante a gravidez, o indicado é preparar o ambiente para que o animal entenda suas limitações. Um exemplo é impedi-lo de circular no quarto que será do bebê e nem ficar sobre duas patas para alcançar a cama.

“Pequenos detalhes fazem toda a diferença na reeducação dos pets. Os tutores que costumam dormir com os pets na cama precisam aproveitar esses nove meses para começar a mudar esses hábitos”, explica a médica veterinária e sócia fundadora do Grupo Vet Popular, Caroline Mouco Moretti.

Famílias tentam organizar a vida para a convivência com pets e crianças. Foto: Pixabay

Após o nascimento do bebê é importante manter a socialização com o pet, evitando situações de ciúmes, depressão e agressividade. Os pais têm medo dessa interação mas, além de necessária, ela é importante. Ter um animal de estimação auxilia na socialização e no senso de responsabilidade do bebê, tornando o amadurecimento mais fácil.

“Será junto com o pet que o bebê começará a desenvolver sua coordenação motora, aprenderá também sobre o uso da força e a ser mais carinhoso. Outro diferencial é no senso de responsabilidade, já que os tutores podem incluir na rotina da criança alguns cuidados, como dar banho, alimentar, passear e brincar. São tarefas fáceis e que ajudam na noção de rotina de obrigações”, afirma a especialista.

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