Perfil no Twitter identifica os supremacistas brancos nos protestos de Charlottesville

A conta @YesYoureRacist está fazendo sucesso; no entanto, também houve alguns erros nas identificações

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Por Redação
Atualização:
Uma conta no Twitter está identificando e expondo os supremacistas brancos que participaram dos protestos em Charlottesville. Foto: Edu Bayer / NYT

A violência e mensagens de ódio difundidas por supremacistas brancos na cidade de Charlotesville nos Estados Unidos, na última sexta-feira, 11, chocaram o mundo. A violência exacerbada que chegou a causar uma morte e as fotos dos manifestantes carregando tochas em volta da controversa estátua do general confederado Robert E. Lee viralizaram rapidamente e foram publicadas por jornais e sites ao redor do mundo.

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Em decorrência dessas imagens, uma conta no Twitter, a @YesYoureRacist (Sim, você é racista, em tradução livre), começou a pedir ajuda de seus seguidores para identificar os homens que participavam do protesto. A ação teve resultado, e muitos deles já estão sentindo as consequências de serem descobertos: além da exposição e das mensagens que eles vêm recebendo, um deles foi demitido o restaurante onde trabalhava, como informa o site Mashable.

“Quando eu acordei no sábado de manhã e vi as fotos dos protestos, isso me perturbou bastante porque lembrava as marchas de Nuremberg [comícios que o partido nazista fazia na Alemanha nos anos 1930]”, disse o administrador da conta Logan Smith em entrevista ao Mashable. “Identificar os participantes do protesto foi mais fácil do que eu imaginava, já que muitos deles são bem explícitos na internet quanto às suas ideias e convicções.”, continuou.

Apesar de a maioria dos protestantes ter sido corretamente identificada, algumas pessoas inocentes foram tachadas de supremacistas brancos, o que gerou críticas sobre o trabalho da conta e a mentalidade de reação raivosa que ela pode trazer. “Essas são pessoas que estão na rua gritando sua ideologia. Elas querem ser identificadas e reconhecidas pelas suas ideias. Assumiram o risco de serem humilhadas por conta disso”, defendeu Smith.

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