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Déia Freitas, do podcast ‘Não Inviabilize’, dá 5 dicas para não cair num ‘Picolé de Limão’

Com mais de 400 episódios, o podcast 'Não Inviabilize' é uma dos mais ouvidos do Brasil e, em breve, se tornará uma série de TV

Por Laila Nery
Atualização:
Déia Freitas começou o 'Não Inviabilize' contando fofocas que recebia na DM do Twitter. Hoje, ela é uma das podcasters mais ouvidas do País, com mais de 63 milhões de reproduções. Foto: Déia Freitas

Picolé de Limão. Amor nas Redes. Pimenta no dos Outros. Luz Acesa. Patada. Mico Meu. Alarme. Ficção da Realidade. Conhece esses nomes? Se sim, certamente você já sorriu, chorou ou teve vontade de tatuar a palavra Sorte em algum momento, ouvindo histórias na voz de Andreia Freitas— a Déia. Esses são os quadros do podcast Não Inviabilize, que traz uma seleção de histórias reais, curadas e narradas pela psicóloga.

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Tudo começou quando Déia compartilhava parte da sua rotina como psicóloga no Twitter. Uma pessoa desconhecida pediu ajuda. “Eu recebia as histórias por DM. Uma pessoa leu na minha bio que eu era psicóloga e me mandou a história que ela estava vivendo, me pediu um conselho. Eu li e percebi que não era o meu papel como psicóloga dar um conselho naquela situação”, comentou.

“E aí eu sugeri que eu contasse a história na timeline de maneira anônima e ela poderia colher comentários que achasse útil, algum conselho de outra pessoa. Nesse dia a minha caixa de mensagens travou. Muita gente queria que eu fizesse a mesma coisa. A profissão como psicóloga acabou atraindo outras pessoas.”

A ideia de transformar as histórias num podcast foi da amiga de Déia, também podcaster, Priscila Armani, as histórias contadas no Twitter foram ganhando uma dimensão enorme, atraíram seguidores e a psicóloga passou a definir ‘temas’ diários.

O quadro Amor nas Redes reúne histórias de… amor. Pessoas que perderam seus amores, ou reencontraram de uma maneira que valha a pena ser contada. O episódio Pimenta no dos Outros reúne histórias que envolvam sexo, prazer. Luz Acesa conta histórias de terror, quase sempre causos envolvendo assombrações, sejam elas de dar medo, ou que aparecem para proteger alguém num momento difícil. Reza a lenda que o Lula Molusco e o Grinch se reúnem toda semana para ouvir as histórias do Mico Meu e se divertem muito aos custos das vergonhas alheias.

O carro chefe é o Picolé de Limão, o quadro da treta: desavenças entre vizinhos, familiares, aquele desentendimento na firma ou aquela ‘surpresinha’ que deu muito errado em um namoro. Sempre com dicas para que o ouvinte não passe pelas mesmas situações constrangedoras. Por isso, o Estadão pediu a Déia as cinco principais dicas para não cair num Picolé de Limão. 

Dicas da Déia para não cair num Picolé de Limão

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  1. Não empreste seu cartão de crédito para aquele amigo, por mais confiável que ele seja.
  2. Nunca seja fiador de ninguém.
  3. Verifique se a pessoa com quem você está se envolvendo possui redes sociais; ninguém não tem nenhuma rede social, fica esperta.
  4. Num primeiro encontro vá sempre para locais públicos, com boa movimentação.
  5. Não viaje logo de cara ao entrar num novo romance.

Em quase dois anos de podcast, foram mais de 63 milhões de reproduções, 720 mil ouvintes, e mais de 100 mil reproduções em cada episódio. Ela é, sim, uma das mulheres mais ouvidas do Brasil.

A fofoca contada por Déia Freitas mudou a vida dela e tem mudado a de outras pessoas. No início da pandemia a podcaster precisou recorrer ao auxílio emergencial para sobreviver. Agora, com as publicidades e vendas na loja online do Não Inviabilize, ela possui parceiros e ajuda a pagar as contas de outras pessoas. 

Mulher, negra e primeira da família a conseguir entrar numa universidade, Déia perdeu os pais muito nova e começou a morar sozinha aos dezesseis anos. Ela se lembra das próprias dificuldades quando abre vagas para novos integrantes na empresa. Recentemente, ela passou por uma série de ataques ao anunciar uma vaga para assistente de roteiro com remuneração de 22 mil reais por trimestre — restrita para mulheres pretas e indígenas. Homens de todo o País mandaram mensagens ofensivas e tentaram boicotar o podcast.

Mas o Não Inviabilize continua crescendo. As threads no Twitter viraram áudio, e depois de expostas no Spotify, estão indo para rádios comunitárias, porque a ideia é que ninguém seja ‘ong de macho’. Além disso, os livros com as histórias estão chegando para as estantes e em breve, o Não Inviabilize também se tornará uma série de TV, para uma plataforma de streaming.

Cerca de dez histórias chegam por dia, agora por e-mail, mas sempre de pessoas desconhecidas. Déia diz que não tem uma favorita. “São todos meus filhinhos”, mas no Twitter, a mais pedida é Sorte. Vamos ouvir?

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