Documentário revela que princesa Diana desconfiava de acidente de carro dois anos antes de sua morte

'A Morte da Princesa Diana', que irá ao ar no dia 26 de agosto pelo Discovery, mostrou relatos sobre as suspeitas de Lady Di, que chegou a ser chamada de 'paranoica'

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Por Sabrina Legramandi
Atualização:
Lady Di morreu em 1997, após o carro em que estava ter batido em alta velocidade em um pilar de um túnel em Paris. Foto: AP Photo/Herman Knippertz

A morte inesperada da princesa Diana, em 1997, chocou o mundo e trouxe discussões acerca da atuação dos paparazzis. Dois anos antes, porém, Lady Di chegou a escrever notas sobre a desconfiança em torno de um acidente armado "para se livrar" dela.

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Foi o que revelou A Morte de Princesa Diana, documentário que irá ao ar no dia 26 de agosto pelo Discovery.

Em um trecho obtido com exclusividade pelo site norte-americano The Daily Beast, autoridades falaram sobre as cartas de Diana e um encontro feito para averiguar as suspeitas.

O representante legal pessoal da princesa, Victor Mishcon, realizou uma reunião no dia 30 de outubro de 1995 "de portas fechadas" com Patrick Jephson, secretário pessoal dela.

Na ocasião, a princesa teria dito que fontes confiáveis, que ela não revelaria, a haviam dito que, em abril de 1996, esforços seriam feitos para a matar em um acidente de carro causado por "falha de freios ou outros meios".

O representante legal chegou a preparar uma nota após a reunião, chamada de "Nota Mishcon".

Ele entregou o registro a Paul Condon, então comissionário da Polícia Metropolitana, que foi guardada em um cofre da Scotland Yard, sede da polícia em Londres.

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John Stevens, antecessor de Condon e chefe do inquérito sobre a morte de Diana, disse ao The Daily Beast que apenas soube da existência da nota quando foi nomeado comissário.

Segundo Stevens, o representante legal de Lady Di não havia dado importância ao relato da princesa. "Vi Lord Mishcon cerca de um mês antes de ele morrer, em 2005, e ele manteve o fato de que achava que ela era paranoica, e não deu muito crédito a isso", contou.

A "Nota Mishcon" foi incluída no inquérito da morte de Diana. Pouco tempo depois, uma carta supostamente escrita por ela em outubro de 1996, dois meses antes do divórcio com o príncipe Charles, trazia novas acusações.

O documentou foi encontrado pelo mordomo Paul Burrell e publicado em 2003 no livro A Royal Duty, escrito por ele. Nele, Diana pedia "forças", pois o marido estaria planejando provocar um acidente de carro que a mataria.

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"Eu estou aqui sentada em minha mesa em outubro desejando que alguém me abrace e me encoraje a permanecer forte e a manter minha cabeça erguida. Essa fase em particular da minha vida é a mais perigosa – meu marido está planejando 'um acidente' com o meu carro para se casar com Tiggy (Tiggy Legge-Bourke, assistente pessoal de Charles à época)", teria escrito a princesa.

No documentário, o mordomo alegou que Diana estaria "passando por um momento complicado". "Quando ela me entregou essa carta, a princesa estava passando por um momento muito complicado da vida dela. Ela não estava saudável e os sentimentos dela eram erráticos", alegou.

Lady Di morreu no dia 31 de agosto de 1997 após o motorista do carro em que estava ter perdido controle da direção ao tentar despistar de paparazzis. O carro bateu em alta velocidade em um pilar do túnel d'Alma, em Paris.

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Além de Diana, o motorista e o então namorado dela, Dodi Fayed, também morreram. Apenas o guarda-costas da princesa sobreviveu ao acidente.

Apesar de surgirem teorias de que a morte teria sido armada, a polícia britânica chegou à conclusão de que não haviam conspirações para assassinar Lady Di.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

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