PUBLICIDADE

‘Muita gente foi impactada’, diz Amaury Lorenzo sobre Ramiro de ‘Terra e Paixão’

Ator destaca importância da representação e o desejo de levar personagens representativos ao público

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O ator e bailarino Amaury Lorenzo, 39 anos, ganhou destaque nacional ao interpretar o personagem Ramiro em Terra e Paixão, novela da Rede Globo, e contou em entrevista ao Estadão sobre o valor de seu trabalho e a importância da representatividade de seus personagens. “Quero levar ao público questões do homem preto e LGBT+ que sou, para ampliar discussões e fortalecer os debates”, diz o ator.

O ator Amaury Lorenzo, que viveu o personagem Ramiro em 'Terra e Paixão' Foto: PEDRO KIRILOS

PUBLICIDADE

Para ele, a fama do personagem Ramiro é sinal de oportunidade: “É bonito ver o público ir ao teatro para encontrar o Ramiro e, aos poucos, perceber que eles se distanciaram do personagem da novela para acompanhar uma história que trata de violência, racismo e intolerância”, declara.

“Ramiro era um assassino que teve o caráter transformado por causa do amor e muita gente foi impactada pela história”, explica o ator.

Amaury agora apresenta o espetáculo A Luta, adaptação de Ivan Jaf para a terceira parte do romance Os Sertões, de Euclides da Cunha (1866-1909), que lhe rendeu uma interação marcante no aeroporto de Cuiabá, enquanto desembarcava para atuar nos palcos da cidade.

Ainda de mala na mão, o artista foi abordado por um rapaz, um tanto nervoso, que avisou ter vindo de Rondônia para assisti-lo no teatro e queria dividir com ele uma passagem da sua vida. “Ele me contou que foi expulso de casa por ser homossexual e, depois de doze anos sem contato com a família, recebeu um telefonema do pai pedindo perdão e dizendo que passou a entendê-lo por causa da novela”, diz o intérprete de Ramiro.

“É tão lindo ver o alcance de um debate gerado pela televisão em um país tão diverso que só posso me orgulhar”, finaliza.

A apresentação de A Luta chega em São Paulo em maio.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.