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''Máquina de lavar liberou mulheres''

Afirmação é do ''Osservatore Romano''

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Por Redação
Atualização:

O Osservatore Romano, órgão oficioso da Santa Sé, publicou artigo que afirma que a máquina de lavar talvez tenha feito mais pela liberação da mulher no século 20 do que a pílula anticoncepcional ou o acesso ao mercado de trabalho. O texto foi publicado na edição do fim de semana, por ocasião do Dia Internacional da Mulher. O título do artigo é: "A máquina de lavar e a liberação das mulheres - ponha detergente, feche a tampa e relaxe". "O que no século 20 fez mais para liberar as mulheres ocidentais?", questiona o artigo escrito pela jornalista Giulia Galeotti. "Coloque o sabão, feche a tampa e relaxe", afirma o jornal, citando o manual de uso de um dos primeiros modelos de lavadora automática lançados no mercado. "O debate é acalorado. Alguns dizem que a pílula, alguns dizem que o direito ao aborto, alguns, o direito a trabalhar fora de casa. Alguns, porém, ousam ir além: a máquina de lavar." DONA DE CASA RADIANTE Em seguida, o Osservatore conta a origem do eletrodoméstico, quando Jacob Christian Schäffer - teólogo (protestante), naturalista e inventor alemão - construiu um primeiro protótipo em 1767 (na verdade, uma patente foi registrada na Inglaterra já em 1691), e se refere à "mística sublime de poder trocar ?os lençóis duas vezes por semana em vez de uma?", frase atribuída à feminista americana Betty Friedan. "A princípio, as máquinas eram muito volumosas. Rapidamente, porém, a tecnologia criou modelos mais eficazes", criando "a imagem da super dona de casa, sorridente, maquiada e radiante entre os eletrodomésticos de sua casa", diz o texto.

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