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O arquiteto da moda

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Por Redação
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Cristóbal Balenciaga

criou seu primeiro vestido, aos 12 anos, talvez ele não imaginasse que teria rainhas entre suas admiradoras. Mas o início da carreira já foi nobre: sua primeira criação foi para a marquesa de Casa Torrès, que vivia em uma região basca da Espanha, Guetaria. A marquesa foi uma grande incentivadora para o menino, filho de um pescador e de uma costureira. Mais de um século depois (Balenciaga nasceu em 1895), era a rainha da Espanha quem prestigiaria seu trabalho. A monarca foi para Nova York esta semana, acompanhada de outro estilista espanhol, Oscar de la Renta, para inaugurar a exposição

Balenciaga: O Mestre Espanhol

, no Instituto Rainha Sofía da Espanha.

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O próprio De la Renta já fez parte da corte do mestre. O começo de sua carreira na moda foi em Madri, na marca Eisa, uma ramificação do império Balenciaga. "Quando as pessoas me perguntam o que eu fazia, respondo: 'recolher alfinetes'", brinca.

Foi De la Renta quem concebeu a exposição. "Balenciaga e Chanel revolucionaram a moda de maneira extraordinária", ele conta à

Associated Press

. "Libertaram a mulher de muitas coisas, como o espartilho, por exemplo. Sua influência perdura porque o que estabeleceram sempre é válido. Há muita roupa nesta coleção que poderíamos vestir hoje, sem que fosse considerada vintage."

As mais de 70 peças foram oferecidas pela Casa de Balenciaga, em Paris, além de provir de museus e coleções privadas da América e Europa. O material inclui desenhos que se encontravam no Met e seus vestidos de noite mais elaborados, seus chapéus mais sofisticados e bordados mais suntuosos.

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Entre as transformações do guarda-roupa feminino propostas por Balenciaga, estão o vestido baby doll, o vestido túnica e o vestido saco.

Um dos vestidos mais espetaculares da mostra é um de noiva, altamente bordado, desenhado em 1957, para Sonsoles Diez de Rivera, filha da musa do estilista, a marquesa de Llanzol.

A dama da moda, Coco Chanel, também tinha admiração por ele. "Só Balenciaga é um verdadeiro costureiro", ela dizia. "Só ele é capaz de cortar bem um tecido, de montá-lo e costurá-lo à mão." Apesar da nacionalidade espanhola, muita gente conhece o nome de sua marca com sotaque afrancesado: "Balanciagá". Isso tem motivo. O clima político na Espanha do século passado era tenso. Em 1937, com o mundo entrando em uma reviravolta por causa da guerra, ele abriu sua primeira loja em Paris. Balenciaga morreu aos 77 anos, em 1972. A exposição em sua homenagem vai até fevereiro.

(Com informações da Associated Press)

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