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Aos 16 anos, campeã mundial e prata olímpica

Por Amanda Romanelli
Atualização:

Ela tem apenas 16 anos, ainda é faixa marrom, mas já conta com títulos de dar inveja a qualquer esportista. Flávia Gomes, com 1,60 m e peso leve (-57 kg), garantiu ao Brasil o ouro na primeira edição do Mundial Juvenil (sub-17), disputado em 2009, em Budapeste, na Hungria. Neste ano, também em um torneio estreante - a Olimpíada da Juventude, em Cingapura -, não fez por menos: foi à decisão e saiu com a medalha de prata, mesmo com o olho direito quase fechado, após uma batida que sofreu ainda no segundo combate.Descrita por Rosicléia Campos, técnica da equipe adulta, como "tecnicamente completa", Flávia é um dos exemplos da nova geração. Obstinada, ficou insatisfeita com o resultado de sua última competição internacional, o Pan-Americano Juvenil, nos EUA. "Eu perdi a final para uma americana. Fiquei revoltada, eu odeio perder. Agora já estou me cobrando um desempenho melhor."Flávia começou no esporte aos 8 anos quando morou em Dracena, no interior paulista. "Mas logo depois meus pais decidiram voltar para São Paulo e eu abandonei o esporte por alguns meses." Por garantia, o professor com quem treinava indicou um bom lugar para continuar na modalidade. Aos 9, Flávia rumou para o São Caetano.É lá onde treina três vezes por semana, à tarde e à noite. Para não ter que se deslocar do bairro de Aricanduva, onde moram os pais, até o ABC paulista, Flávia fica na casa de um tia. Das 7h10 às 13h20, estuda em um colégio particular, com bolsa conquistada graças ao judô.Assim como várias outras garotas, Flávia buscou um modelo a seguir no judô masculino. "Gosto muito do Tiago Camilo, acho que qualquer um deveria se espelhar nele", explica a garota. Mas por que não escolher uma mulher? "Não sei explicar. Talvez seja porque o Camilo tem muita variedade de golpe e por já ter ganho muita coisa." Mas, seguindo fielmente o caminho do ídolo, talvez Flávia seja o espelho para outras meninas que ainda estão por vir.

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