PUBLICIDADE

Publicidade

Apostas ganham força no Super Bowl e é possível tentar acertar até as jardas do 'affair' da Anitta

Novas propostas que compartilham experiências reais e estatísticas com fantasy games já atraem milhões de pessoas pelo mundo

PUBLICIDADE

Por

A integração das apostas esportivas com o público vem sendo cada vez mais constante. Um estudo da Business Review, divulgado em meados de 2021, apontou que 1,6 bilhão de pessoas fazem apostas regularmente, algo que representa 26% da população mundial. Os dados vão além e mostram que cerca de 4 bilhões de pessoas realizam algum tipo de aposta pelo menos uma vez por ano. E o Super Bowl, que decidirá o campeão da temporada da NFL neste domingo, já ganha mais adeptos dentro e fora de seu país de origem, os Estados Unidos.

É esperado um recorde de 31,4 milhões de adultos americanos realizando apostas no duelo entre Cincinnati Bengals e Los Angeles Rams, representando um aumento de 35% em relação ao ano passado. Os dados são da Associação Americana de Apostas, que ainda prevê uma movimentação de R$ 40 bilhões em apostas esportivas só neste evento.

Wanna, plataforma de rede social de apostas esportivas, paga para quem acertar o número de jardas recebidas por Tyler Boyd, apontado como o affair da cantora Anitta Foto: Reprodução

PUBLICIDADE

De acordo com a Casa de Apostas, o número de apostas com a NFL cresceu assustadoramente na temporada 2021/2022: 57% a mais em relação ao ano anterior. Estima-se, também, que o valor movimentado por brasileiros nas casas de apostas esportivas chegou ao montante dos R$ 8 milhões. Anderson Nunes, gestor de relacionamentos da empresa, afirma que as apostas nos dias dos jogos costumam ser mais altas e detectou que nas últimas disputadas de Super Bowl, o número de apostadores vindos do Brasil aumentou. Segundo ele, para a final deste domingo, é aguardado um crescimento de 30% no número de apostas em relação ao duelo entre Tampa Bay Buccaneers e Kansas City Chiefs, em fevereiro do ano passado.

"Sempre foi um dos esportes mais assistidos e conceituados do planeta e a regularização da prática das apostas em alguns estados norte-americanos e pelo mundo também permitiu um avanço considerável nas apostas. O público que gosta do esporte em geral quer apostar e interagir, e percebemos que esse interesse do público pela NFL e consequentemente o Super Bowl tem aumentado ano após ano", afirma.

Mais do que apostar em quem vai ganhar ou perder, alguns aplicativos voltados para este mercado têm se diferenciado com ações que tentam conectar as pessoas e, ao mesmo tempo compartilhar experiências reais.

ANITTA

O Wanna, plataforma de rede social de apostas esportivas que conecta pessoas e dá ao jogador o poder de testar seus conhecimentos esportivos em um ambiente competitivo, divertido e com múltiplas interações, desenvolveu algumas ideias para o duelo entre Cincinnati Bengals e Los Angeles Rams. 

Publicidade

Uma delas está diretamente relacionada à cantora Anitta, que na última semana, em entrevista ao programa do Jimmy Fallon, um dos principais de entrevistas dos Estados Unidos, declarou que apostaria dinheiro no título dos Bengals, esclarecendo que "um dos affairs dela" joga na respectiva equipe.

Logo, os fãs da cantora identificaram seria o widereceiver Tyler Boyd. E indo de encontro ao perfil idealizado pela plataforma, o Wanna disponibilizou a seguinte aposta: 'Quantas jardas recebidas o crush da Anitta (Tyler Bord) vai ter?'. Assim como essa, existem tantas outras inusitadas, como: Qual será o resultado do cara ou coroa? Ou qual artista se apresentará primeiro durante o intervalo: Eminem ou Snoop Dogg? Além de outras relacionadas aos atletas, como quantas jardas recebidas Odell Beckham vai ter?

Tyler Boyd, jogador do Cincinnati Bengals, é apontado como o affair da cantora Anitta Foto: Katie Stratman-USA TODAY Sports

"As apostas e o entretenimento sempre caminharam lado a lado, não é um 'mundo' novo. Sabemos o potencial deste cenário porque isso já está inserido em nossa rotina como pessoas e o Wanna está materializando essa relação entre amigos. Podemos comparar com o Facebook, que não inventou ou aumentou a comunicação, apenas facilitou o formato da conversa com ferramentas mais interativas, impulsionando o engajamento da plataforma", explica Carson Coffman, CEO do Wanna. Ele, ao lado de Jim Bob Morris, são dois ex-profissionais de futebol americano e fundadores da empresa.

Esse tipo de aposta, tão comum fora do Brasil, deverá ser uma tendência de acordo com o especialista em inovação e novas tecnologias do esporte, Bruno Maia, CEO da Feel The Match. Segundo ele, a integração deste mercado com os players de broadcast vai multiplicar as possibilidades de narrativas para retenção da audiência durante um jogo, além de mudar as relações do usuário com o evento.

CONTiNUA APÓS PUBLICIDADE

"Sempre cito o caso de um amigo que tentava convencer a namorada a assistir ao Super Bowl com ele, sem reclamar e, de preferência, interessada. Ela argumentava que não entendia aquele jogo, que era muito chato e não teria condição de ficar horas naquele programa. Ele, persistente, horas antes do jogo, convidou-a para fazer uma aposta de R$ 5 em um site, tentando prever a quantidade de vezes que Gisele Bündchen seria enquadrada pela transmissão de um jogo onde seu cônjuge, Tom Brady, seria a grande estrela. Ela arriscou, então: sete vezes! Bingo! A menina ficou ligada o jogo inteiro, esperando as aparições da modelo, contando-as, ficando ansiosa quando se passava muito tempo sem que ela aparecesse. Depois, em um determinado momento foram três enquadramentos quase seguidos. Enfim, ela conseguiu encontrar uma experiência particular e uma narrativa paralela durante todo aquele super evento", revela.

Ainda de acordo com Bruno Maia, a cultura do esporte norte-americano diagnosticou um comportamento que, só no Canadá e nos Estados Unidos, já conta com mais de 80 milhões de praticantes, apenas da vertente mais conhecida, os fantasy games. "Destes, o gasto médio anual na prática destas atividades é de USD 650 por pessoa. Fruto da inserção no mercado de uma geração forjada mais perto dos videogames do que da TV, o domínio de elementos estatísticos ampliou a duração dos jogos eletrônicos desde os anos 90 e, consequentemente, a retenção do consumidor dentro desta por mais. Esta é uma característica que independe do gênero do jogo envolvido. E assim como aconteceu nos games, a capacidade de multiplicação de narrativas e aumento de retenção fazem dela uma variável indispensável no planejamento das transmissões esportivas dos últimos cinco anos", completa o executivo.

Ao trazer novas experiências aos fãs, Nicole Brandão, Head de Marketing do Wanna, acredita que, ao devolver o poder às mãos das pessoas, o que antes era apenas idealizado agora se materializa. A plataforma comprova que é possível se desprender dos métodos tradicionais de apostas, apresentando um entretenimento digital parecido ao que é visto nas mesas de bares, onde desafios entre amigos acontecem naturalmente. "Ao contrário de outras empresas do mercado, cujo único objetivo é lucrar com o investimento do cliente, o Wanna foi construído como uma plataforma recreativa. Buscamos devolver o entretenimento para as apostas que surgem durante uma conversa entre amigos de forma fácil e divertida. Nosso objetivo é humanizar a indústria."

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.