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BM&F Atletismo desiste de Maurren

Por Agencia Estado
Atualização:

A decisão de Maurren Higga Maggi de investir mais no romance com Antonio Pizzonia foi confirmada nesta segunda-feira pela própria atleta. Ela informou que viajará para Mônaco, onde o piloto de testes da Williams vive, na semana que vem. O que mudou, em relação ao seu primeiro anúncio, em uma reunião particular com os dirigentes do seu clube, a BM&F Atletismo, é que agora a saltadora de 27 anos disse que voltará aos treinos, mas em Mônaco - o Principado possui a pista do Estádio Louis II, onde foi realizado o encerramento da temporada de Grand Prix de 2003. Assim, entende que conciliará a vida pessoal e as carreiras, dela e do namorado. Apesar de afirmar que voltará a treinar na Europa, a decisão de afastar-se da rotina do grupo do técnico Nélio Moura, em São Paulo, complica ainda mais a participação de Maurren na Olimpíada de Atenas. Ainda mais porque a atleta deixará de ter apoio da BM&F Atletismo. No fim da tarde desta segunda-feira, a equipe divulgou uma nota oficial dizendo que "nas condições apresentadas por Maurren Maggi seu contrato não será renovado". Resta saber se o técnico Nélio Moura - responsável pela evolução da atleta - concordará em treinar Maurren, separadamente. Ele trabalhava com ela como parte do grupo de saltadores da BM&F. A esperança do treinador era que, se não pudesse ir a Atenas, Maurren voltasse a treinar pensando no Mundial de Helsinque, na Finlândia, em 2005. Até quinta-feira, quando comunicou à BM&F a decisão de se dedicar à vida pessoal, Maurren nem pensava em voltar a treinar - já se considerava fora da Olimpíada, independentemente de ser absolvida no caso de doping. Pediu um prazo - que terminou nesta segunda-feira - para responder e, em conversa com dirigentes, teve a idéia de voltar a treinar, mas em Mônaco, pelo menos nos próximos 60 dias, quando pode sair a decisão da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) sobre o seu processo de doping. Maurren, dona do melhor resultado do mundo em 2003 no salto em distância, com 7,06 metros, teve resultado positivo no controle antidoping para a substância proibida Clostebol, no dia 14 de junho, após competir no Troféu Brasil, em São Paulo. Ela alega que o resultado foi causado pelo uso de um creme cicatrizante, após uma sessão de depilação a laser. Mesmo assim, está suspensa provisoriamente desde o dia 1º de agosto e não poderá competir se não for liberada pela IAAF. Desde a suspensão, seus salários (o acumulado de cerca de R$ 50 mil) estão sendo retidos pela BM&F, por cláusula do contrato. Caso seja inocentada, a atleta receberá integralmente o valor. O clube também arcou com as despesas da defesa de Maurren no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, feita pelo advogado Luciano Hostins, e com perito químico, para análise das substâncias encontradas no exame. "A atleta Maurren Maggi decidiu, após reflexão, que continuará treinando em Montecarlo, Mônaco, para onde deverá viajar na semana que vem acompanhando o namorado", afirma o início da nota do clube. A BM&F observa ainda que fez investimentos na pista de atletismo do complexo do Ibirapuera, em São Paulo, para dar aos atletas brasileiros condições de treinamento de padrão internacional e que possui uma comissão técnica integrada pelos melhores profissionais do País. "Assim, nas condições apresentadas por Maurren Maggi, seu contrato não será renovado, pois o propósito do Clube BM&F é consolidar no Brasil o aprimoramento permanente dos atletas", justificou o clube.

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