O time, pelo investimento que foi feito, tinha obrigação de ganhar o estadual. Só que velhos e conhecidos defeitos, com apostas erradas, pesaram novamente.
Quem para e analisa o sistema de jogo de Osasco, organizado, e de Bauru vê a enorme diferença entre os técnicos. Pior é que tem gente que acha que as trocas alucinadas de Anderson Rodrigues deram resultado.
Não.
Só na cabeça dele.
A verdade é que Bauru sobreviveu e levou o jogo para o golden set por causa da ansiedade de Osasco no terceiro set. Caso contrário levaria um sonoro 3 a 0 dentro de casa.
Não dá para confundir empolgação com motivação.
São coisas completamente distintas.
Bauru foi Polina, enquanto teve fôlego, e Adenízia ou melhor, a empolgação dela. Muito barulho, típico do técnico, mas passando dos limites em determinados momentos.
É um time que não tem coletivo, e não é de hoje, e que joga apenas na base da individualidade. Limitado taticamente, não existe solução quando as jogadoras mais precisam.
Caso específico de Mara, mal aproveitada e orientada, e que agora terá que conviver com o peso de um dia ter sido banco para Fernanda Isis.
Duro.
A responsabilidade é de quem treina, comanda e não sabe liderar o grupo nos momentos de pressão. A arrogância é o mais traiçoeiro dos defeitos pois pode ser a consequência de todos os outros.
A competente e esforçada diretoria do clube pode entregar quem for nas mãos dele que Bauru não passará disso. Ou alguém questiona as qualidades de Polina, Tifanny, Brenda e Dani Lins?
A demora em enxergar ou mudar o que não deu certo continua custando caro, literalmente falando.
Bauru tem orçamento superior ao de Osasco e não pode mais se contentar em ser vice.