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Confederação de Badminton rechaça punir acusada de roubar colega na seleção

A Confederação Brasileira de Badminton (CBBd) garante que não puniu nem vai punir a jogadora Luana Vicente, de 22 anos, irmã e parceira em duplas da principal atleta do País na modalidade, Lohaynny Vicente. Luana é acusada de roubar o cartão bancário de uma colega da seleção brasileira, de nome não revelado, e utilizá-la para fazer cerca de mil reais em compras.

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Por Redação
Atualização:

O caso veio à tona em reportagem publicada pelo portal UOL, que relatou que uma jogadora menor de idade reclamou o roubo do seu cartão dentro da casa que serve de concentração da seleção brasileira, em Campinas, em 22 de fevereiro. O extrato bancário mostrou os estabelecimentos onde o cartão foi utilizado e, checando das câmeras de segurança, foi possível identificar Luana fazendo compras. O advogado da vítima, Ismael Silva, contou que um Boletim de Ocorrência foi aberto contra a jogadora.

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Ao UOL, a CBBd informou que Luana admitiu a culpa e devolveu o dinheiro. Agora, em nota, a entidade diz que não vai punir a atleta pelo roubo, ainda que a tenha cortado de um torneio. "A punição da atleta com o corte da competição a ser realizada no Peru, não tem nenhum relacionamento com o fato relatado na reportagem. A medida foi tomada pela comissão técnica da CBBd como advertência em razão de aspectos disciplinares", explicou a entidade.

A CBBd alega que recebeu a denúncia penal contra Luana e encaminhou o caso ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da modalidade "visando apurar as irregularidade a aplicação das penalidades cabíveis, se o caso". "A CBBd informa que obedecerá rigorosamente os princípios norteadores do devido processo legal, possibilitando a todos os envolvidos a mais ampla defesa, em estrita obediência a Constituição Federal", avisa.

A confederação alega ter recebido a denúncia no dia 10 de março, dois dias antes, portanto, de Luana e Lohanny ganharem a medalha de bronze no Brazil International Badminton Cup, principal torneio internacional realizado no País, em São Paulo. Dividiram uma premiação de US$ 122, mas, na carreira, já ultrapassaram, juntas, os US$ 10 mil. Com Alex Tjong, ganhou outros US$ 3 mil ao longo da carreira.

As irmãs Vicente são órfãs de pai, que era um chefe do tráfico de drogas na favela da Chacrinha, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. Segundo elas, foi assassinado numa emboscada por supostos amigos em 2000. Luana tinha seis anos, e sua irmã, apenas quatro. Ao conquistarem a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, passaram a ser tratadas pela mídia brasileira como "as irmãs Williams do badminton", numa referência às tenistas Venus e Serena Williams.

Atualmente, Luana tem chances apenas matemáticas de disputar os Jogos Olímpicos do Rio. As irmãs estão no 42.º do ranking mundial de duplas femininas, distantes de Eva Lee/Paula Obanana, dos EUA, que estão em 28.º. Só a melhor dupla das Américas vai à Olimpíada.

Lohanny, por sua vez, tem grandes chances de estar na Olimpíada. Ela é 55.ª do ranking olímpico e, hoje, ficaria com a 31.ª das 36 vagas disponíveis para o Rio-2016, sem precisar de convite. A disputa dela é contra Fabiana Silva, 63.ª, que também aparece dentro da zona de classificação. Cada país, porém, só pode ter uma representante, exceção aos atletas do top 15.

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