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Coréia no caminho do handebol feminino

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Por Agencia Estado
Atualização:

As meninas do handebol chegaram a ganhar o primeiro tempo por 13 a 11 e parecia até que o time conseguiria derrotar a China. Mas alguns erros no início do segundo tempo levaram as chinesas à frente no marcador e o Brasil não conseguiu mais reagir perdendo por 28 a 23 a última partida da fase de classificação do torneio olímpico dos Jogos de Atenas. A seleção venceu um único jogo em quatro, contra a Grécia e agora as meninas terão de enfrentar a Coréia, adversário que não desejavam cruzar na fase do mata-mata, na quinta-feira. "Jogamos bem no primeiro tempo, mas no segundo perdemos a cabeça. Uma mudança na defesa delas e nossa distração no segundo tempo...", afirmou a pivô Daniela de Oliveira Piedade, a Dani. Para a goleira Chana, a Coréia é muito mais técnica e perfeita que a China, além de ser mais rápida. "As coreanas passaram por cima de todo mundo no grupo delas, ganhou de 15 contra a Espanha", observou Chana. A jovem Milene Bruna Lima Figueiredo, a Mi, que foi artilheira da seleção júnior no Mundial de 2003, na Macedônia, lamentou a derrota para a China. "Desde que saímos do Brasil, o nosso objetivo era vencer essa partida." O técnico Alexandre Trevisan Schneider espera que as meninas consigam "botar a cabeça no lugar" nos dois próximos dias. "O nível era esse, muito alto, sabíamos que era isso o que iríamos encontrar na Olimpíada. O Brasil chegou bem perto, mas não existe o se em esporte, acho que faltou competência para conseguirmos nos classificar bem." Ainda amador - Alexandre disse que ficará à critério do presidente da Confederação Brasileira de Handebol, Manoel Luís de Oliveira, decidir se deve ou não trazer um técnico estrangeiro. "Essa é uma opção que ele tem, se acha que não somos competentes no Brasil. Mas se não houver estrutura e condições de trabalho não vai adiantar", afirmou. O técnico disse que é preciso avaliar tudo muito bem, acentuando que atualmente os profissionais da comissão técnica, como ele, têm atividades paralelas - é professor do curso de Educação Física na Universidade de Concórdia, em Santa Catarina. Na preparação para a Olimpíada a única reclamação do técnico é com relação à chegada das jogadoras que estavam na Europa. "Oito meninas que jogam fora chegaram muito tarde para a preparação olímpica", acentuou.

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