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Todos os dias um convidado especial escreve sobre o Mundial do Catar

Rudy Landucci: Insiste em zero a zero, eu quero um a um

Esta edição do Mundial bate recorde negativo, mesmo sendo a Copa com mais acréscimos

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Por Rudy Landucci

É com esse belo refrão de “Se”, do Djavan, que começo meu texto para falar da Copa, mas poderia ser também “Samurai”, outra linda canção do cantor alagoano. Samurai me lembra Japão, que me lembra a bela virada contra Alemanha e que, de certa forma, vingou o nosso 7 a 1, não? Óbvio que não, mas que foi legal a virada, isso foi, hein?

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A questão é que amamos a Copa, mas temos visto muitos empates e não só empates, mas jogos terminados em zero a zero. Estão empatando mais do que eu quando saio à noite. Se bem que no meu caso são embates disputados com chances para ambos os lados.

Com os quatro empates em zero a zero de cara, esta edição bateu o recorde negativo com mais empates em zero a zero da história dos Mundiais na primeira rodada. E olha que é disparado a Copa com mais acréscimo, ou seja, as seleções estão tendo mais chance de se redimir do que eu quando estava no colégio e ficava de recuperação em seis matérias.

Polônia e México empataram sem gols na primeira rodada do Grupo C. Foto: Martin Meissner/ AP

Se bem que no meu caso, o zero aparecia com mais frequência. Um abraço a todos do colégio Santa Clara, onde estudei e tiveram paciência em me ajudar. Aliás, foi lá que escrevi os primeiros textos pro jornal.

Por isso que insistiram muito em zero a zero, mas queria pelo menos alguns “um a um”. Porque muitos desses empates foram taticamente disputados, de poucas emoções.

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Na primeira fase, a gente sabe que os times vão se estudar bastante, tem o quesito estreia, aquela tensão nas pernas como na primeira vez. Eu tenho reagido aos jogos em minhas lives e muitos dos meus seguidores têm reclamado da parte ofensiva das seleções e, principalmente, decepcionados com as seleções europeias, que para muitos é o continente com melhor futebol.

Mas o futebol tá igual ao brasileiro voltando do trabalho tendo que andar pra pegar três conduções, analisando qual lotação vai fazer o melhor caminho para casa, tá muito tático e muito físico e a tendência daqui pra frente são jogos assim.

Não acho ruim, muito pelo contrário, tenho paixão por análises técnicas e táticas, assim como as que Pedrinho faz com muita maestria na TV. Mas é frustrante você acordar às 7h para ver Marrocos 0 x 0 Croácia. É ou não é? Se bem que às 7h também tivemos a virada saudita contra “los hermanos”, que não é a banda carioca, mas nesse jogo até o Marcelo Camelo teria feito mais do que os argentinos que jogaram.

O futebol é tão apaixonante que na segunda rodada a Arábia perde um pênalti e perde para a Polônia por dois a zero. Quem fez o segundo gol? Não vou responder, vou mais uma vez colocar o refrão de uma música que adoro “Ou Lewa eu Lewa Lewa, Lewa também o meu amor Lewa Lewa”.

Entendem por que o futebol é tão apaixonante e a Copa é o êxtase maior dessa paixão? É como um relacionamento, vamos ter momentos de derrota, de zero a zero, mas no final o todo compensa. É só seguir em frente com “ousadia e alegria”.

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Essa coluna foi enviada na íntegra primeiramente aos leitores inscritos na newsletter “Craques da Copa”. Cadastre-se gratuitamente e receba em primeira mão. “Craques da Copa” são enviados diariamente, às 19 horas. Nesta segunda-feira, quem escreve para a coluna é o cantor Nasi, da banda Ira!.

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