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Dois jovens brasileiros fecham com time da MLB; principal promessa, Pardinho também deve assinar

Heitor Tokar e Victor Coutinho assinaram por sete anos com o Houston Astros

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Por Rafael Pezzo
Atualização:

Duas promessas do beisebol brasileiro assinaram contratos com um clube da Major League Baseball (MLB), principal liga da modalidade no mundo, neste domingo, 2. O arremessador Heitor Tokar e o jogador de campo interno Victor Coutinho, que jogavam pelo Marília, fecharam vínculo de sete anos com o Houston Astros.

O acordo foi oficializado durante evento em um restaurante da Zona Sul de São Paulo, no domingo, primeiro dia do período de contratações de estrangeiros que completam 16 anos em 2017. A pedido da família dos jogadores, o valor das luvas negociadas não foram divulgados. 

Victor Coutinho (esq.) e Heitor Tokar assinaram contrato de sete anos com o Houston Astros, da MLB Foto: Arquivo Pessoal

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As categorias de base da MLB, chamada de Grandes Ligas, são estruturadas na Minor League Baseball (MiLB), também conhecida como Ligas Menores. Este sistema é dividido em seis classes básicas, sendo Rookie, Rookie Advanced, Class-A, Class-A Advanced, Double-A e Triple-A. As 30 franquias da MLB possuem pelo menos um time afiliado em cada um dos níveis da MiLB. 

Tokar e Coutinho irão começar pela primeira categoria, Rookie, disputando a Dominican Summer League (DSL, em tradução livre, Liga de Verão da República Dominicana). A dupla viajará já no próximo domingo, 9, para a América Central, onde irá conhecer e treinar com os novos companheiros. No entanto, os dois apenas entrarão efetivamente em campo no ano que vem. 

Na próxima quinta-feira, 6, o arremessador Eric Pardinho, principal revelação brasileira do esporte, também poderá selar seu futuro. Neste dia, ele deverá confirmar as expectativas e assinar com o Toronto Blue Jays, com bônus de US$ 1,4 milhão (R$ 4,6 milhões). 

Com luvas de R$ 4,6 milhões, Eric Pardinho assinou com o Toronto Blue Jays, da MLB Foto: Alex Trautwig/Divulgação

Este valor seria o maior já pago a um jovem brasileiro na história. O número anterior era de US$ 880 mil (R$ 2,9 milhões, na cotação atual), recebidos pelo lançador Luiz Gohara do Seattle Mariners, em 2012. 

Natural de Bastos, no interior de São Paulo, Pardinho surpreendeu os especialistas norte-americanos em setembro do ano passado, em Nova York, na etapa qualificatória do Clássico Mundial de Beisebol, a Copa do Mundo da modalidade. Na vitória por 10 a 0 sobre o Paquistão, o garoto, então com 15 anos, lançou a bolinha a 94 mph (151 km/h), velocidade nem sempre alcançada por arremessadores profissionais da própria MLB. 

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Um levantamento da MLB divulgado em maio colocou o brasileiro como o quinto melhor jovem estrangeiro disponível na janela de transferências atual. Contando apenas atletas da sua posição, ele era o primeiro da lista. 

A projeção dos representantes da liga norte-americana no País é que entre seis ou sete jovens assinem durante o atual período de negociações. Todos seriam integrantes da Academia MLB Brasil, projeto tocado pela própria liga no CT Yakult, em Ibiúna, no interior de São Paulo.

Christian Rummel Pedrol, de 17 anos, acertou contrato com o Seattle Mariners, da MLB Foto: Divulgação/ MLB Brasil

Em maio, valendo ainda pelo ciclo iniciado em 2016, o arremessador Christian Rummel Pedrol assinou por sete anos com os Mariners. Na República Dominicana há pouco menos de dois meses, ele está esperando apenas a regularização do seu contrato para começar a jogar. 

Sem contar Pedrol, o Brasil conta com 12 jogadores no sistema de ligas de beisebol dos Estados Unidos. Atualmente, apenas Yan Gomes, receptor do Cleveland Indians, está na divisão de elite, com outros 11 nas Ligas Menores, entre eles André Rienzo e Paulo Orlando, que já estiveram na MLB. Este último, inclusive, se tornou o primeiro nascido no País a ser campeão da World Series, como é chamada a grande final da liga, em 2015, com o Kansas City Royals.

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