O recorde anterior já era do próprio lanterninha da competição, que dia 14 de fevereiro levou 8 a 0 do Grêmio Osasco. Em campo, na realidade, foram nove derrotas seguidas, pois na primeira rodada, sem ter jogadores inscritos, o clube deu W.O. contra o Primavera. Pelo regulamento, entretanto, foi determinado o placar de 3 a 0 para o vencedor por W.O, o que configura dez derrotas seguidas agora do Barueri. No total, o time da Grande São Paulo sofreu 45 gols e marcou apenas três na competição, com saldo negativo de 42.
Mas não se deve culpar os jogadores, vítimas de um grupo de empresários que assumiu o controle do futebol do clube sem a devida capacidade de gestão. O resultado foi desastroso. Os salários não foram pagos, o time não tem lugar adequado para treinar, não conta com apoio da prefeitura municipal e nem consegue oferecer alimentação para seus jogadores. Há duas semanas, o Sindicato dos Atletas do Estado de São Paulo atendeu o pedido de socorro dos jogadores para comer. Diretores do Sindicato fizeram a "feira e o supermercado" suficiente para alguns dias.
Virtualmente rebaixado para a Segundona do Paulista, que equivale à quarta divisão estadual, o Grêmio Barueri tem perspectivas de extinção. A menos que mude de mãos, o que parece muito difícil. A sua imagem está totalmente desgastada.
GOLS MAIS RÁPIDO - O Nacional foi quem se aproveitou de toda esta fragilidade e atingiu a maior goleada da competição. De quebra marcou o gol mais rápido desta Série A3, aos 35 segundos, com Piter. Ele depois fez mais dois gols. Também foram artilheiros da tarde Victor Sapo (2), Thiaguinho (2), Anderson Gindre, Emerson Mi e Michel.
Com 18 pontos, o Nacional está dentro da zona de classificação e não vai sair ao término desta 10.ª rodada, que vai ter jogos ainda na noite desta quarta-feira.