O atacante Toró quase foi emprestado para a Chapecoense antes de ter sua primeira chance com Cuca, sábado, na vitória sobre o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro. Foi o auxiliar Avlamir Dirceo Stival, o Cuquinha, quem pediu sua permanência. “Ele treinou bem nos últimos dias. É um atacante de velocidade pelos lados. É difícil encontrar”, justificou o treinador.
Aos 32 minutos do segundo tempo da vitória sobre o Botafogo por 2 a 0, Cuca escalou Jonas Toró na equipe do São Paulo com o objetivo de dar mais velocidade ao sistema ofensivo. O cartão de visitas do atacante levantou a torcida nas arquibancadas. Ele teve boa atuação e deve receber mais chances nos próximos jogos.
Natural de Belém de São Francisco (PE), a mesma da novela “Senhora do Destino”, Toró ganhava R$ 80 por jogo no futebol amador. Percorreu mil quilômetros em três dias de viagem para fazer um teste em Salto (SP). Não tinha salário. Sua carreira só começou a subir aos 17, no Primavera de Indaiatuba. Sábado, estreou no profissional.
Fez um bom Paulista Sub-17 em 2016, uma ótima Copa São Paulo e acertou com o clube do Morumbi. Virou titular rapidamente no melhor time sub-20 do Brasil. Foi campeão da Copa RS, vice-campeão da Copa São Paulo, sempre como protagonista.
“Eu me sinto em casa no São Paulo. E foi assim, também, quando fui promovido ao elenco principal. Agora, estou trabalhando para estar preparado, porque a oportunidade não avisa a hora que vai chegar”, afirmou o atacante, que fez questão de agradecer a confiança do técnico Cuca.
Toró ficou satisfeito com sua estreia no profissional. “A adrenalina estava alta, mas pude ajudar um pouco”, revelou o jogador, de 19 anos, que conquistou cinco títulos pelas categorias de base e artilheiro da Copa São Paulo de Juniores de 2018, com seis gols.