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Brasil joga mal, passa sufoco, e fica no 0 a 0 com o México

Resultado encerra a chance de classificação antecipada às oitavas. Neymar teve atuação discreta, e Ochoa fez duas boas defesas

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Por Redação
Atualização:

O Brasil não jogou bem, passou sufoco e ficou no empate por 0 a 0 com o México, nesta terça-feira, na Arena Castelão, resultado que encerra a possibilidade de classificação antecipada para as oitavas de final. O jogo foi marcado também por um show nas arquibancadas, com mexicanos, sobretudo, e brasileiros, fazendo grande festa. Neymar teve atuação apenas discreta, deixando bastante clara a dependência que a seleção tem dele. Os dois times tiveram várias chances de gol mas, apesar de mais bem posicionado em campo, o México só não saiu derrotado por causa de duas defesas milagrosas do goleiro Ochoa.

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Brasil e México têm quatro pontos cada no Grupo A. Camarões e Croácia, que se enfrentam nesta quarta-feira, não têm ponto.

O primeiro tempo foi bastante complicado para a seleção. O México adotou a mesma estratégia normalmente utilizada por Felipão, a de adiantar os jogadores para marcar a saída de bola, e com isso tirou os espaços do Brasil. O rival também começou o jogo fazendo várias faltas. Nos 26 segundos iniciais foram duas.

Com Ramires no lugar de Hulk, Oscar foi colocado no lado esquerdo - Ramires ficou pelo lado direito -, com Neymar centralizado. A forte marcação mexicana, porém, impedia a criação de muitas jogadas. O Brasil só ameaçava um pouco mais quando Neymar buscava as arrancadas e Daniel Alves subia pelo setor direito.

 

O México não encontrava, no entanto, espaços para contra-atacar. Procurava as subidas pelo lado esquerdo, com o bom ala Layun, e tinha apenas um homem à frente, Peralta. Às vezes, Giovanni do Santos se aproximava, mas sua maior preocupação era compor a linha de quatro homens no meio de campo, para levar vantagem no duelo no setor. No entanto, foi quando passou a jogar mais pelo lado direito, explorando o fato de Marcelo ser deficiente na marcação, foi que o México tornou-se mais perigoso. Além de uma grande defesa de Julio Cesar, num chute de Peralta (a arbitragem não percebeu o desvio e marcou tiro de meta), Vasquez também teve boa chance.

O Brasil concluiu mais vezes em direção ao gol e teve duas grandes oportunidades. Na primeira. Ochoa fez grande defesa em cabeçada de Neymar; na outra, Paulinho, na frente de Ochoa após cobrança de falta, chutou em cima do goleiro.

Ramires não rendia bem. O Brasil tinha dificuldade de penetração. Felipão, então, inverteu o posicionamento, colocando-o pela esquerda e retornando Oscar para a direita - onde ele rendeu tão bem contra a Croácia. Não deu resultado ofensivo e, defensivamente, a situação ainda ficou complicada na cobertura a Marcelo, pois Ramires levou cartão amarelo ao cometer falta dura em Aguilar e ficou pendurado. Ramires acabaria ficando no vestiário no intervalo, para a entrada de Bernard.

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O que era ruim piorou no início do segundo tempo. Nos primeiros 15 minutos, só deu México, que ganhava praticamente todas as disputas de bola, encurralava o Brasil em seu campo e tentava bater Julio Cesar com chutes de fora da área. A seleção brasileira parecia perdida e demonstrava grande passividade.

Pelo menos depois desse apagão inicial o Brasil acordou e tentou buscar algumas jogadas ofensivas. Felipão tirou o inoperante, mais uma vez, Fred e pôs Jô, que ao menos se movimentou mais. O jogo ficou franco, com chances dos dois lados. O Brasil teve uma falta cobrada por Neymar, um chute de dentro da área do atacante que Ochoa rebateu e uma conclusão torta de Jô num espsço de sete minutos. Mas o México era perigoso e contava com a defesa brasileira exposta.

O jogo franco continuou de ambos os lados e as chances criadas também. Ochoa fez um milagre em cabeçada de Thiago Silva e logo a seguir Julio Cesar evitou o gol de Hernanes. Ao final, o empate acabou fazendo justiça ao esforço, e às falhas das duas equipes.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 0 x 0 MÉXICO

BRASIL - Julio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho, Oscar (Willian), Ramires (Bernard); Fred (Jô) e Neymar. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

MÉXICO - Guillermo Ochoa; Francisco Rodríguez, Rafael Marquez, Hector Moreno; Paul Aguilar, Hector Herrera (Fabian), Andres Guardado, Jose Juan Vazquez, Miguel Layun; Giovani dos Santos (Jiménez) e Oribe Peralta (Javier "Chicharito" Hernández). Técnico: Miguel Herrera.

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CARTÕES AMARELOS - Ramires e Thiago Silva (Brasil); Aguilar e Vazquez (México).

ÁRBITRO - Cüneyt Çakir (Fifa/Turquia).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 60.342 pagantes.

LOCAL - Arena Castelão, em Fortaleza (CE).

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