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Brasil mantém rotina e pela 5ª vez seguida sofre com fase de grupos da Copa América

Mesmo como mandante, equipe repete campanhas anteriores na fase inicial da competição

Por Ciro Campos
Atualização:

Jogar em casa na Copa América não tem significado ao Brasil conseguir uma campanha mais estável nesta competição. Pelo contrário. O empate por 0 a 0 com a Venezuela nesta terça-feira, em Salvador, adiou a chance de se classificar de forma antecipada para a próxima fase da competição e renovou o incômodo histórico recente de sofrer na busca por avançar ao mata-mata do torneio.

O Brasil tem agora quatro pontos ganhos, lidera o grupo A e ainda depende apenas de si para avançar. O próximo jogo é no sábado, contra o Peru, na Arena Corinthians. Por um lado um empate basta para garantir presença nas quartas de final. Por outro, o nível ruim das atuações e o risco existente de um vexame na fase de grupos deixam o clima da seleção brasileira bastante pesado.

Árbitro chileno frustra Brasil e anula gols na Fonte Nova Foto: Alex Silva/Estadão

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"Temos de compreender o torcedor e as vaias. Ele quer que nosso jogo se traduza em gol. É compreensível a insatisfação com a equipe", resumiu o técnico Tite. Na primeira Copa América no comando da seleção brasileira, o treinador convive com o drama da insatisfação popular e com a realidade em repetir campanhas irregulares do Brasil nesta primeira fase, a exemplo de edições anteriores.

Nas quatro últimas Copas América o Brasil sofreu para passar da fase de grupos e assim como em 2019, precisou de conquistar o resultado na rodada final para confirmar a passagem de fase. Inclusive na última edição, em 2016, a equipe viveu um cenário parecido: enfrentava o Peru em busca apenas um empate, mas perdeu por 1 a 0 e acabou eliminado ainda na fase inicial da competição.

Em 2015, no Chile, o Brasil dirigido por Dunga perdeu a segunda partida na Copa América, para a Colômbia, por 1 a 0, e só se classificou na rodada final, após bater a Venezuela por 2 a 1. Na edição anterior, em 2011, o drama foi ainda maior. Os comandados do técnico Mano Menezes empataram com Venezuela e Paraguai, para depois só avançarem de fase graças à vitória sobre o Equador por 4 a 2.

Até mesmo no ano do último título o roteiro foi de sofrimento. Em 2007, o Brasil perdeu logo na estreia para o México, por 2 a 0, mas se recuperou ao bater Chile e Equador para depois seguir rumo à conquista, garantida com vitória por 3 a 0 sobre a Argentina.

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