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Brasil tem três pendurados com cartão amarelo e quer evitar drama de suspensões na Copa

Éder Militão, Bruno Guimarães e Fred estão amarelados e correm risco de desfalcar a seleção em uma eventual semifinal; cartões não são zerados nas quartas

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Foto do author Ricardo Magatti
Por Ricardo Magatti

ENVIADO ESPECIAL A DOHA - A seleção brasileira decide com a Croácia nesta sexta-feira, ao meio-dia (de Brasília) estádio Cidade da Educação, quem será o primeiro semifinalista da Copa do Mundo do Catar. O Brasil enfrenta os croatas com três atletas pendurados: Éder Militão, Fred e Bruno Guimarães.

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Cada um dos três foi amarelado ainda na primeira fase. Eles chegam nas quartas de final pendurados, uma vez que o regulamento do Mundial estabelece que os cartões amarelos não acumulam para as próximas fases.

Portanto, caso um dos três seja amarelado contra a Croácia e o Brasil avance, vai desfalcar a equipe nas semifinais. Os outros 21 jogadores de Tite só serão suspensos caso sejam expulsos. Cabe lembrar que Alex Teles e Gabriel Jesus foram cortados por lesão e não estão mais com o grupo no Catar.

Considerando que Éder Militão deve ser titular diante dos croatas, o zagueiro/lateral é quem corre mais riscos de receber um novo amarelo. A tendência é de que ele continue na lateral direita, uma vez que Danilo seguirá na esquerda porque Alex Sandro ainda não tem condições de voltar, segundo disse Tite. Ou seja, apenas ele vai iniciar o jogo pendurado.

A seleção só levou cartões em duas partidas, contra a Suíça e Camarões. Fred recebeu a advertência aos 52 minutos do segundo tempo diante dos suíços. Éder Militão e Bruno Guimarães foram amarelados aos sete e 85 minutos, respectivamente, do duelo com os camaroneses, o qual o time jogou com reservas.

Bruno Guimarães (esq.) e Fred (dir.) estão pendurados com um cartão amarelo Foto: Hamad I Mohammed / Reuters

COMO FUNCIONA

A Fifa passou a zerar os cartões depois das semifinais a partir da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Em 2002, o acúmulo de dois amarelos, um nas oitavas e outros nas semifinais tirou Michael Ballack, principal jogador da Alemanha, da decisão com o Brasil, vencida com dois gols de Ronaldo.

Em 1990, a Argentina perdeu Caniggia na final contra a Alemanha. Em 1994, a Itália não contou com o zagueiro Costacurta para a final diante do Brasil.

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No Catar, a seleção brasileira cometeu 39 faltas em quatro partidas, médica de 9,8 por jogo. Os três cartões amarelos que a equipe acumula até aqui representam uma média de 0,8 por partida.

Entre os oito que disputam as quartas de final, a mais disciplinada é a Inglaterra. Nenhum atleta inglês foi advertido com o cartão amarelo nas quatro partidas do torneio.

O Brasil espera não reviver traumas relacionados a suspensão de jogadores importantes em fases decisivas da Copa. Em 2018, com Tite, a seleção sentiu falta de Casemiro na derrota para a Bélgica que tirou da seleção o sonho do hexa nas quartas de final. Fernandinho foi o titular e fez um gol contra.

Em 2014, Luiz Felipe Scolari não pôde escalar Thiago Silva no que viria a ser o maior vexame da história do futebol brasileiro. O zagueiro, suspenso, não esteve em campo no 7 a 1 imposto pela Alemanha, bem como Neymar. O craque, porém, não jogou porque havia se machucado contra a Colômbia.

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