Publicidade

Brasil x Alemanha: o que mudou nas seleções após 18 anos da final da Copa

Decisão da Copa do Mundo no Japão vai passar na TV e faz torcedor lembrar de time histórico

PUBLICIDADE

Por Daniel Batista
Atualização:

Brasil e Alemanha será a principal atração esportiva na TV Globo no domingo de Páscoa e fará muitos torcedores lembrarem com saudade de uma seleção brasileira que encantava. O jogo que decidiu a Copa do Mundo de 2002 será transmitido a partir das 16h, o horário tradicional do futebol ao vivo na emissora. Saudosismo à parte, o fato é que 18 anos depois muita coisa mudou nas duas seleções. 

Falar em Brasil x Alemanha é dividir sentimentos. Há muitos que lembram com saudade da partida em Ronaldo superou Oliver Kahn. Mas é impossível não pensar também de 2014 e do histórico 7 x 1, algo que ajuda a mostrar o que aconteceu com as duas equipes ao longos desse período. Muitos dos telespectadores que vão assistir ao jogo não viram a disputa de 2002, por serem jovens. 

Seleção brasileira campeã do mundo em 2002 Foto: Arquivo/AE

PUBLICIDADE

Todos os jogadores da decisão que aconteceu em Yokohama já se aposentaram e a maioria segue no futebol, como dirigente ou treinador. Junto com a história deles no gramado, ficou o momento das dois times. Entenda o que aconteceu com Brasil e Alemanha nos últimos 18 anos e saiba por onde andam os atletas daquela final.

Seleção brasileira

  • Quem imaginou que 2002 daria início a uma fase de ouro do futebol brasileiro se enganou. Quatro anos depois, a seleção comandada por Carlos Alberto Parreira era um timaço no papel. Só no papel. A equipe que tinha, entre outros, Cafu, Roberto Carlos, Ronaldinho, Kaká, Adriano e Ronaldo foi uma decepção na Alemanha. Chegou badalada e saiu derrotada. Nas quartas de final, caiu diante da França de Zidane e Henry. 
  • A Copa de 2010 também não deixou muita saudade e a de 2014, então, nem se fala. Na África do Sul, o time de Dunga fez boas e más partidas. Perdeu para a Holanda, quando Felipe Melo, hoje no Palmeiras, foi expulso. A expectativa de ver o Brasil jogando em casa, em 2014, se tornou um pesadelo com a histórica da derrota para a Alemanha, que acabou ficando com o título diante da Argentina na final. Quatro anos depois, mais uma vez o Brasil deixou o Mundial pela porta dos fundos, após uma derrota para a Bélgica na Rússia. De 2002 para cá, portanto, a seleção desceu ladeira. 
  • Nesses 18 anos, sem dúvida o grande nome do futebol brasileiro foi Neymar. O atacante tinha apenas 10 anos em 2002 e conseguiu ver o que Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho e companhia fizeram diante dos alemães e tentou fazer igual. Não deu. Seu auge na seleção foi a conquista da medalha de ouro na Olimpíada do Rio. Na Copa de 2014, sofreu grave lesão. E não conseguiu fazer o que dele se esperava em 2018.
  • O Brasil tem apenas três títulos de Copa América neste período - 2004, 2007 e 2019 e uma inédita medalha de ouro na Olimpíada de 2016, no Rio. O Brasil não perdeu seu prestígio, mas não assusta como antigamente. 

Seleção da Alemanha na final da Copa do Mundo de 2002 Foto: Arquivo/AE

Seleção alemã

  • A derrota para o Brasil foi um marco no futebol alemão. De lá para cá, os germânicos cresceram sob o ponto de vista técnico e físico e durante muitos anos neste período, foram citados como referência de organização e de bom futebol. 
  • A Alemanha ficou em terceiro lugar nas Copas de 2006 e 2010. Faltava algo para chegar ao título, que enfim foi conquistado em 2014 e com doses de crueldade para os brasileiros. O 7 x 1 no Brasil já foi quase um título. A taça veio sobre a Argentina, outro rival histórico. Não tinha como a conquista ser mais perfeita para os alemães. 
  • Neste período, surgiram vários jogadores que enchiam os olhos dos torcedores, como Ozil, Lahm, Kroos, Gotze, Muller e o goleador Klose. Além da Copa de 2014, a Alemanha ainda faturou uma Copa das Confederações de 2017, a medalha de prata na Olimpíada de 2016 e o vice na Eurocopa de 2008. 
  • Mas assim como o Brasil em 2002, a Alemanha não soube aproveitar a boa fase. Também se perdeu após a conquista do Mundial de 2014. Em 2017, ganhou a Copa das Confederações e chegou ainda mais favorita para 2018, na Rússia, Mas conseguiu a proeza de não passar nem da primeira fase em um grupo que tinha México, Suécia e Coreia do Sul. Deixou a competição com uma vitória e duas derrotas. Hoje, a equipe comandada por Joaquim Löw, o mesmo do título de 2014 e do vexame de 2018, passa por uma reformulação. 

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.