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Caso Daniel Alves: Tribunal rejeita pedido de liberdade provisória e mantém jogador preso

Preso desde 20 de janeiro acusado de estuprar uma mulher de 23 anos, lateral queria responder ao processo em liberdade; chance de fuga pesou na decisão

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Por Redação
Atualização:

Daniel Alves vai continuar em prisão preventiva. O Tribunal de Barcelona rejeitou o pedido de liberdade provisória apresentado pelo advogado do brasileiro, Cristóbal Martell. O jogador de 39 anos é acusado de estupro por uma mulher de 23 anos e está detido desde o dia 20 de janeiro.

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Para os três juízes responsáveis pelo caso, Eduardo Navarro, Myriam Linage e Carmen Guil, existia um risco de fuga ao Brasil por causa de sua capacidade econômica e isso pesou na hora de negar o pedido de liberdade provisória. Além disso, segundo eles, há diversos indícios do crime cometido pelo jogador.

Um dos pontos da acusação era exatamente a facilidade com que o jogador poderia entrar em um voo particular e retornar ao Brasil, onde possui uma série de empresas. “Soltá-lo seria como atacar a integridade psicológica da minha cliente”, afirmou Ester García, advogado que representa a suposta vítima.

Para Martell, a vida do jogador brasileiro gira em torno da Espanha, o que possibilitaria a liberdade provisória. Desde 2010 está registrado na Espanha. Ele é casado com uma espanhola”, disse o advogado, se referindo a modelo Joana Sanz.

De acordo com o canal de televisão espanhol Antena 3, uma das possibilidades levantadas pela defesa do jogador era o uso de uma pulseira eletrônica ou a retirada do passaporte. A decisão dos juízes de manter a prisão do atleta foi tomada cinco dias após ouvirem os argumentos da defesa de Daniel Alves e da acusação. O julgamento ainda não tem data para acontecer.

CASO DANIEL ALVES

Daniel Alves teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.

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A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.

Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa “Y Ahora Sonsoles”, da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.

No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou que esteve com a mulher, mas sem ato sexual. Posteriormente, admitiu ter feito sexo, mas alegou que a relação foi consentida. Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro. Material coletado encontrou vestígios de sêmen tanto internamente quanto no vestido da denunciante. O Pumas, do México, anunciou que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube foi rompido por justa causa.

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