O ataque terrorista provocado por um carro-bomba contra a sede Associação Mutual Israelita Argentina, em Buenos Aires, completa 20 anos no dia 18 de julho de 2014. Na tragédia, 85 argentinos morreram, a maioria de origem judaica. Investigações realizadas por autoridades argentinas com o auxílio de agentes da Mossad enviados por Israel, apontam para membros do Hezbollah, organização xiita libanesa de atuação política e paramilitar, e membros do governo iraniano como os responsáveis pelo ataque, porém, a autoria nunca foi confirmada e os iranianos negam sua participação.
No dia 21 de junho, Argentina e Irã se enfrentam pela segunda rodada da fase de grupos da Copa do Mundo, no estádio do Mineirão. Com isso, a comunidade judaica latino-americana, representada pelo Congresso Judaico Latino-Americano, organização internacional que representa comunidades judaicas, solicitou à Fifa uma homenagem de um minuto de silêncio antes do início da partida em memória às vítimas do atentado. A entidade acredita que a visibilidade do evento é uma boa ocasião para promover o respeito entre os povos e nações e um diálogo sobre o terrorismo e a intolerância racial, em linha com as ideias defendidas pela presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e de acordo com o artigo 3º dos Estatutos da FIFA.