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Copa do Mundo feminina vê transição de gerações com adeus de Marta e Rapinoe e promete ser histórica

Competição começa nesta quinta-feira com o maior número de seleções e expectativa de recorde de audiência

Foto do author Rodrigo Sampaio
Por Rodrigo Sampaio

A Copa do Mundo feminina da Austrália e Nova Zelândia promete ser a edição com o maior número de espectadores na história. Além do aumento na exposição da marca, o Mundial deste ano será marcado pela transição de gerações. Lendas, como Marta e a americana Megan Rapinoe, vão fazer a sua última “dança”, enquanto o torneio será uma oportunidade de afirmação para novas estrelas, como a espanhola Alexia Putellas. A partida de estreia acontece nesta quinta-feira, dia 20 de julho, às 4h (horário de Brasília), entre Nova Zelândia x Noruega, e terá transmissão do Sportv, Globoplay e Cazé TV.

Este será o primeiro Mundial feminino a ser disputado por 32 seleções — a edição anterior contou com 24 equipes. Ao todo, serão 64 jogos, com a final marcada para o dia 20 de agosto, no Estádio Olímpico de Sydney. O valor total do prêmio a ser pago pela Fifa também saltou. A entidade vai distribuir cerca de US$ 150 milhões (R$ 527 milhões) aos times participantes, o que representa um aumento de 300% em relação à edição anterior, na França, em 2019. Todas as atletas convocadas receberão, no mínimo, US$ 30 mil (cerca de R$ 147 mil).

Marta vai disputar sua sexta Copa do Mundo Foto: Thais Magalhães / CBF

O montante ainda está abaixo do que é pago no masculino. Na Copa do Catar, vencida pela Argentina, o valor distribuído entre as seleções foi de US$ 440 milhões (aproximadamente R$ 2,11 bilhões). Segundo a Fifa, o investimento total na Copa do Mundo feminina está orçado em mais de US$ 500 milhões (R$ 2,4 milhões) e a expectativa é de que a Mundial da Austrália e Nova Zelândia receba o maior público da história da competição. Mais de 1,2 milhão de ingressos já foram vendidos. O recorde atual é da Copa de 2015, no Canadá, com o público superior a 1,35 milhões de pessoas.

Adeus de lendas

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Esperança de título inédito para o Brasil, Marta vai para a sua sexta Copa do Mundo. Aos 37 anos e sofrendo com lesões, a jogadora admitiu que o Mundial da Austrália e da Nova Zelândia será a última de sua carreira. A camisa 10 vai em busca de sua primeira conquista com a amarelinha. Apesar de ter sido eleita a melhor jogadora do mundo por seis vezes, ela ainda não subiu ao lugar mais alto do pódio com o Brasil. Seu maior feito foi a prata na Olimpíada de Pequim, em 2008. Um ano antes, ajudou o País a conseguir sua melhor posição em Mundiais, com o vice-campeonato na China. Com 17 gols em 20 jogos de Mundiais, a Rainha do Futebol é a maior artilheira da história das Copas, à frente inclusive no masculino, cujo detentor é o alemão Miroslav Klose com 16 tentos.

Quem também anunciou que fará sua despedida no Mundial deste ano é a estrela americana Megan Rapinoe, de 38 anos. Bicampeã das Copas do Mundo no Canadá-2015 e França-2019, e conhecida por seu ativismo nos Estados Unidos, a atacante quer se despedir ajudando o país a conquistar o pentacampeonato e ampliar a sua hegemonia no torneio. Os EUA já venceram a competição quatro vezes, sendo o maior ganhador até hoje. A Alemanha já venceu duas vezes, enquanto Noruega e Japão têm um troféu cada.

As favoritas

Além dos Estados Unidos, a Espanha chega para o Mundial como uma das favoritas ao título em razão de ter em sua seleção a maior estrela do futebol feminino na atualidade. A atacante Alexia Putellas, de 29 anos, faturou os prêmios Bola de Ouro, da revista France Football, e The Best da Fifa, nos últimos dois anos. Ela terá a missão de fazer com que a seleção principal alce voos maiores e repita os feitos da base, que em 2022, foi bicampeã mundial sub-17 e levou o inédito título no sub-20. A jogadora recuperou-se de uma grave lesão recentemente. Ela rompeu o ligamento cruzado do joelho esquerdo durante treino de preparação para a Eurocopa-2022, na Inglaterra, e voltou aos gramados este ano no final de abril.

Atual campeã da Eurocopa, a Inglaterra dispõe de jogadoras importantes que podem fazer a diferença. Entre elas a goleira Mary Earps, 30 e a zagueira Lucy Bronze, 31. Vice na Euro, a Alemanha chega para o Mundial com uma de suas melhores gerações desde o bicampeonato Copas de 2003 e 2007. As meias Lena Oberdorf e Lina Magull, e a atacante Alexandra Popp são os principais destaques.

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Quando o Brasil joga e onde assistir?

O Brasil estreia no Mundial na próxima segunda-feira, dia 24 de julho, diante do Panamá, às 7h (horário de Brasília), em Adelaide (AUS). Na sequência, enfrenta a França, no dia 29, em Melbourne, e fecha a participação na fase de grupo contra a Jamaica, no dia 2 de agosto. Os canais Globo e Sportv vão transmitir o Mundial, enquanto no streaming a CazéTV exibirá as 64 partidas ao vivo.

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