Corinthians e Grêmio fazem mais um jogo em que o clima de decisão está presente graças à irregularidade do líder do Brasileiro no segundo turno e ao esboço, pequeno, de reação do vice-líder. Ofensas ao árbitro, comentários ácidos sobre o adversário, desdém com a partida, entre outros pontos, ajudam a apimentar ainda mais o clássico que será realizado às 21h45, em Itaquera.
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Nos últimos tempos, gremistas e corintianos se acostumaram a travar confrontos cheios de polêmicas, gremistas. A última delas ficou por conta do presidente do time gaúcho, Romildo Bolzan Júnior, que ontem ofendeu o árbitro Heber Roberto Lopes, escalado pela CBF para apitar esta noite. “Podemos até ganhar este jogo, mas já arrumaram um jeitinho: botaram o Heber, esse careca vagabundo paranaense”, disse, chamando ainda Heber de “caseiro’’, em entrevista ao canal ESPN.
O curioso é que o retrospecto do Corinthians em jogos com o árbitro não é positivo. Foram 14 vitórias, 13 empates e 15 derrotas. “Não influencia em nada, ainda mais se tratando do Heber, que é um árbitro experiente. Foi um pouco pesado (a declaração de Bolzan). Por mais que você tenha algo contra alguém, não pode chegar a esse ponto, mas vamos nos preocupar com a gente”, preferiu minimizar o técnico Fábio Carille.
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Se os gremistas vencerem hoje, a diferença para o Corinthians diminui para seis pontos. Essa possibilidade é encarada com um certo receio pelos paulistas. “Temos de entrar focados e sabendo que eles precisam mais do resultado. Nós ainda somos líderes”, lembra o goleiro Cássio.
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Embora o Corinthians tenha tido uma queda de rendimento e de resultados no segundo turno, a diferença para o segundo colocado aumentou. Ao término da primeira metade do Brasileiro, era de oito pontos. Hoje, a diferença é de nove.
O técnico Renato Gaúcho havia dito que o Corinthians despencaria no Brasileiro. De fato, o líder caiu. Mas seu time tem rendimento ainda pior neste segundo turno. Ou seja, o Grêmio não soube aproveitar os vacilos do rival. “O campeonato está estranho, pois mesmo com o segundo turno bem abaixo do que a gente esperava, temos nove de diferença para o segundo colocado. Esperava ver os adversários mais perto”, admite Carille.
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No Grêmio, o sentimento é distinto para a partida. Renato Gaúcho e o vice de futebol, Odorico Roman, tratam com desdém o confronto. Dizem que servirá para a equipe treinar visando a Libertadores.
“É o Corinthians que tem de se preocupar. Vamos jogar para ganhar, mas sem ansiedade. Temos de jogar para treinar o time e dar ritmo para quem está voltando”, afirmou o dirigente.
O zagueiro Pedro Geromel vai em uma linha oposta e acredita que é a chance de a equipe voltar a sonhar com o título. “Estamos encarando todos os jogos como uma final, mas é claro que este é especial, pois podemos diminuir a diferença.’’
Os corintianos dizem ter a sensação de que o discurso gaúcho de tirar o peso da partida é mais uma forma de pressioná-los do que real.
Gabriel volta ao time, após dois jogos de suspensão e poderá entrar no lugar de Maycon ou de Camacho. “Não é hora de inventar. Pode esquecer mudança tática, pois não é hora de experiência. Mudança de característica sim, pode acontecer”, avisou o volante.
FICHA TÉCNICA CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Pedro Henrique, Balbuena e Guilherme Arana; Gabriel, Camacho (Maycon), Jadson, Rodriguinho e Romero; Jô. Técnico: Fábio Carille.
GRÊMIO: Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Kannemann e Cortez; Jailson, Arthur, Ramiro, Luan (Arroyo) e Fernandinho; Barrios. Técnico: Renato Gaúcho.
Juiz: Heber Roberto Lopes (SC). Local: Arena Corinthians, em São Paulo. Horário: 21h45.