Acostumado a virar notícia por atos de indisciplina e polêmicas, dentro e fora de campo, Deyverson quer mudar sua imagem. O atacante do Cuiabá aproveita a fase artilheira e o bom momento da equipe no Brasileirão para deixar o passado para trás e sonhar alto. Sua meta é receber uma chance na seleção brasileira, atualmente comandada por Fernando Diniz.
“Acho que as pessoas têm de ver o que estou fazendo de bom e esquecer o meu passado. Aquilo não volta. Tem de ver o que estou fazendo agora. Não é soberba. Mas eu sou o segundo que mais tem gols no campeonato. O Tiquinho Soares tem 13, eu tenho oito gols, o Vitor Roque tem oito”, disse Deyverson em entrevista ao canal SporTV. No fim de semana ele ajudou o seu time a ganhar do Flamengo por 3 a 0.
O atacante lembrou que tem mais gols do que alguns jogadores famosos do futebol brasileiro e que são referências em times maiores que o Cuiabá. “Estou acima de jogadores como Suárez, Gabigol e Pedro. Estou vivendo um momento sensacional na minha carreira. Sonhar (com a seleção) não custa nada. Vou sonhar sempre em poder ter a oportunidade... Alô, Diniz, estou aqui, hein!”, afirmou o jogador, entre risos com os apresentadores do programa. “Quero mostrar para as pessoas que hoje sou um novo Deyverson.”
O jogador de 32 anos admitiu que a irreverência e indisciplina em campo prejudicaram sua carreira. Talvez isso o tenha colocado para fora do Palmeiras. “As avaliações anteriores me incomodaram um pouco. Eu reconheço. Minha mulher até fala para mim: ‘se você fizer um gol e cair no chão, as pessoas vão falar que você caiu no chão, e não vão falar do seu gol’. Eu penso mil vezes antes de cair no chão. E penso em jogar e ajudar o meu time”, declarou.
A boa fase de Deyverson coincide com o bom momento vivido pelo Cuiabá. O time, que já figurou dentro da zona de rebaixamento, vem de quatro vitórias consecutivas, deixando pelo caminho rivais como Flamengo, Internacional (fora de casa) e São Paulo. A arrancada fez a equipe do Mato Grosso subir para o oitavo lugar da tabela. Por ora, não corre risco de rebaixamento.
Para o atacante, o time já pode sonhar com vaga na Libertadores de 2024. “O Cuiabá tem de ter os pés no chão. Tem clubes com mais investimento, com metas maiores do que a nossa. Mas é claro que, nesse momento, pensamento em Libertadores. A vaga na Libertadores é um título para nós. Seria como ganhar o Brasileiro. Seria histórico”, projetou.
