FORTALEZA - Dois jogos, duas derrotas e apenas um gol marcado, de pênalti. A campanha do México na Copa das Confederações tem deixado José Manuel de la Torre frustrado, mas o treinador garante que o desempenho ruim no Brasil não afetará os rumos da equipe nas Eliminatórias da Copa. A situação na corrida para se garantir no Mundial é preocupante: a equipe está na terceira posição, com oito pontos, um a menos que Honduras; posição que garante vaga automática, mas tem gerado críticas da imprensa local pela falta de vitórias.
"O principal é nos classificarmos e são três vagas, por enquanto estamos dentro; é claro que a forma é importante, mas ainda temos muito tempo para trabalhar esse grupo, rever algumas coisas e seguir em frente. Vamos passo a passo", explicou o treinador, que nega que a campanha seja um fracasso. "(Fracasso) é deixar de lutar e não acreditar nos seus ideais. A vida é feita de vitórias e derrotas, não podemos considerar cada tropeço um fracasso senão seríamos todos um bando de frustrados".
O treinador aprovou o desempenho da equipe no Castelão e lamentou o gol sofrido logo no início, que desestabilizou um pouco os jogadores. Para ele, a equipe conseguiu equilibrar as ações e só não conseguiu empatar por falta de pontaria. "Tivemos controle da bola, algo que faltou contra a Itália e temos chegada na frente; o que pode estar faltando é esse último passe ou calma para finalizar", analisou.
Sobre as críticas ao seu trabalho, o técnico voltou a frisar confiança e lembrou o trabalho desenvolvido há alguns anos desde as seleções de base. "Desistir é muito fácil, mas se você o faz na primeira adversidade significa que você não está preparado para esse desafio. Um resultado não muda a percepção de um projeto. Trabalhamos com um projeto de longo prazo e tenho recebido todo o apoio da direção e sinto que meus jogadores estão de acordo com nossas decisões."
Os mexicanos tentarão a primeira vitória na competição contra o Japão na última rodada do grupo A no Mineirão, em Belo Horizonte, no sábado.