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Giuliano defende a paralisação de jogos em meio à tragédia no RS: ‘Um gol paga o preço de uma vida?’

Meia do Santos destaca importância da solidariedade, pede reflexão e endossa pedido de clubes gaúchos

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Por Milena Tomaz

O meia Giuliano, do Santos, apoiou a paralisação de jogos de futebol no Brasil em meio à tragédia climática no Rio Grande do Sul. A declaração do atleta sobre as inundações que assolam o estado ocorreu pouco depois da vitória do Santos diante do Guarani por 4 a 1 pela Série B do Campeonato Brasileiro.

“Qual o preço de uma vida? Será que um gol paga o preço de uma vida? Estádio cheio e as outras pessoas sofrendo. É um momento de reflexão para nós, o povo brasileiro ama futebol. Mas até que ponto vale você não parar o futebol e deixar as pessoas sofrerem?”, disse o meia durante participação no “Boleiragem”, do SporTV.

Meia do Santos, Giuliano defende paralisação do futebol brasileiro por causa da tragédia no Rio Grande do Sul. Foto: Raul Baretta/Santos FC

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Giuliano não é o único a defender a paralisação dos jogos. Na noite de segunda-feira, Grêmio, Internacional e Juventude enviaram à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) um pedido de adiamento das partidas de futebol pelos próximos 20 dias por causa das enchentes. O estádio Beira-Rio e a Arena do Grêmio, por exemplo, ainda estão alagados.

De acordo com a Defesa Civil, o desastre climático do Rio Grande do Sul já deixou 85 mortos e mais de 130 desaparecidos. Além disso, milhares de pessoas estão desabrigadas. “Acho que é um momento de reflexão para o futebol brasileiro, de que temos que ser solidários. O futebol está em segundo plano. Temos que amar as pessoas, o ser humano. Não sei se a federação, os jogadores, os clubes... Mas acho muito válida uma parada. Não apenas para treinamento, mas para uma reconstrução psicológica dos jogadores, das pessoas que sofreram com isso até que a gente tenha condições de voltar com o campeonato”, afirmou Giuliano.

Muitos atletas se mobilizaram para ajudar no resgate de pessoas ilhadas, como o goleiro do Grêmio, Caíque. Houve ainda casos de esportistas que ajudaram a distribuir alimentos, como o arqueiro do Inter, Sergio Rochet. Para Giuliano, essa corrente de solidariedade é muito importante.

“Somos influência e exemplos. A partir do momento em que nos juntamos, nós temos força, o País nos olha. A gente tem capacidade de, por meio da nossa imagem, mandar uma mensagem positiva. Juntar cestas básicas, dinheiro, doações. É um momento que precisamos. A gente fica se colocando no lugar dessas pessoas. Imagina a dor, quando a água baixar, como é que vai ser? Nesse processo, precisamos de todos”, disse o meia santista.

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