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Lateral e Federação Dinamarquesa criticam proibição de cerveja na Copa: ‘Uma pena’

Rasmus Kristensen, do Leeds United, cita frustração de torcedores e possíveis problemas com a patrocinadora

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Por Estadão Conteúdo

Rasmus Kristensen, lateral-direito do Leeds United e da seleção dinamarquesa, criticou a decisão da Fifa de não liberar a venda de cerveja com álcool nos estádios e seus arredores durante a Copa do Mundo do Catar. Em entrevista ao canal dinamarquês TV2 Sport, o jogador destacou o quanto a resolução foi mal recebida por torcedores e pela Budweiser, famosa marca de cerveja e uma das patrocinadoras do Mundial.

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“Acho que é uma decisão polêmica. É uma pena, tenho de dizer. Não digo que a cerveja e o álcool devam fazer parte de um evento de futebol, mas é algo comum que muitos associem isso ao futebol. Também imagino que um patrocinador como a Budweiser esteja infeliz neste momento”, comentou o lateral ao ser questionado sobre o assunto.

A opinião de Kristensen é compartilhada por Jakob Jensen, diretor executivo da Federação Dinamarquesa de Futebol. Embora defenda que os torcedores dinamarqueses não precisam de álcool no corpo para fazer uma grande festa e apoiar a seleção, disse entender que a proibição seja motivo de grande decepção.

Segundo a entidade máxima do futebol, apenas versão sem álcool da bebida será comercializada nas arenas; veto teria sido pedido expresso da família real do país-sede e pode gerar indenização. Foto: Muath Freij/Reuters

“Acredito que muitos torcedores dinamarqueses tenham comprado seus ingressos acreditando que seria possível beber cerveja durante os jogos de futebol. Eles, provavelmente, estavam ansiosos por isso. Então, acho que ficarão desapontados, o que é uma pena e bastante injusto para eles”, comentou o dirigente.

“Apesar disso, espero que continue a haver um bom ambiente e um bom cenário durante as partidas de nossa seleção. Eu imagino que, mesmo que não tenhamos tantos torcedores dinamarqueses no Catar, os que estiverem presentes devem fazer muito barulho para que possamos ouvi-los”, completou.

A Federação Dinamarquesa já vinha tecendo outras críticas ao Catar, principalmente em relação às violações dos direitos humanos no país árabe. O uniforme da seleção para a Copa, divulgado em setembro, tem o escudo desbotado como forma de protesto. “Nós não queremos visibilidade durante o torneio”, explicou Hummel, fabricante dos conjuntos dinamarqueses, no dia do lançamento.

APENAS CERVEJA SEM ÁLCOOL

A Fifa comunicou nesta sexta-feira que decidiu, após conversa com autoridades do Catar, permitir a apenas a comercialização de cerveja sem álcool dentro dos estádios que vão receber os jogos da Copa do Mundo. Além disso, removeu os pontos de venda de cerveja instalados nos arredores das arenas. Segundo o jornal The Times, a decisão foi tomada após pressão da família real do país.

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O comunicado da Fifa informou que a venda de bebidas alcoólicas será concentrada no “Fifa Fan Festival, outros destinos de torcedores e locais licenciados”. Logo após o anúncio, a Budweiser utilizou as redes sociais para comentar brevemente o caso. Em uma postagem feita no Twitter, a empresa foi sucinta e escreveu em sua conta “Bem, isso é embaraçoso”, se referindo à decisão tomada nesta sexta-feira. Porém, momentos depois, a postagem foi apagada.

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