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Marta quer disputar Paris-2024, mas prevê aposentadoria da seleção brasileira; veja quando

Camisa 10 é a maior artilheira do Brasil, entre homens e mulheres, com 114 gols

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Foto do author Leonardo Catto
Por Leonardo Catto

Marta deixará a seleção brasileira. Aos 38 anos, a maior jogadora da história do futebol feminino prevê a aposentadoria da Amarelinha no final deste ano. A jogadora do Orlando Pride é a atleta com mais gols com a camisa do Brasil, entre homens e mulheres, com 114 gols. Ela é a segunda com mais jogos na seleção feminina, com 181 jogos, 53 a menos que Formiga.

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Antes disso, porém, a camisa 10 quer disputar os Jogos Olímpicos de Paris. Será a última chance de Marta ser campeã olímpica com a seleção. O melhor resultado dela em Olimpíadas foram as medalhas de prata em Atenas-2004 e Pequim-2008. Em Paris-2024, o futebol brasileiro será representado apenas pelas mulheres. O time masculino não conseguiu a vaga.

“Se eu for para a Olimpíada, vou curtir cada momento, porque, independentemente de ir para Olimpíada ou não, este é meu último ano com a seleção. Não tem mais Marta a partir de 2025 na seleção como atleta. Tem um momento em que a gente tem que entender que chegou a hora. Eu estou muito tranquila em relação a isso, porque eu vejo com muito otimismo esse desenvolvimento que a gente está tendo com relação às atletas jovens”, disse ao programa “CNN Esportes S/A”.

Marta e Cristiane voltaram a jogar juntas na seleção após Arthur Elias assumir o cargo de técnico. Foto: Lívia Villas Boas/CBF

Conforme o plano de Marta, a Copa do Mundo 2023 foi a última disputada por ela. O Brasil foi eliminado ainda na fase de grupos. Entretanto, a história da jogadora fica marcada como a maior artilheira do torneio, com 17 gols em 20 partidas em Mundiais.

Já era esperado que 2023 fosse a última edição de Marta. Pela primeira vez desde que ela integrou o elenco, o Brasil estreou sem a meia-atacante no time titular devido a problemas físicos. Durante o torneio, a jogadora confirmou que não tentaria uma sétima edição, número que somente sua antiga companheira de time, Formiga, alcançou. “Só ela conseguiu, e até hoje nunca me falou o segredo”, brincou Marta. “A gente também tem de pensar em outras coisas na vida”. A atleta já falou sobre o desejo de ser mãe.

Após a saída da técnica Pia Sundhage, Marta lamentou ter jogado pouco na Copa. Além disso, ela apontou que entrou fora da posição que a treinadora dizia que iria a escalar. A sueca ainda deixou Cristiane fora da lista que levou para a Austrália e Nova Zelândia. Com Arthur Elias, tanto Marta foi mantida, quanto Cristiane também voltou ao time. Segundo o técnico, ambas mereceram a convocação. As duas estiveram juntas no terceiro lugar do Brasil conquistado na SheBelieves Cup no começo de abril.

Na fase final da carreira, Marta assumiu o compromisso reiterar a importância de deixar um legado para novas atletas. Para ela, a aposentadoria da seleção não significa queda de qualidade, já que confia nas jogadoras que irão continuar. “A gente tem uma equipe muito qualificada, com meninas muito talentosas e que, no decorrer dos anos, vocês vão ver que realmente é o que eu estou falando, é um terreno muito fértil. Por esse motivo, eu me sinto muito confortável em dizer: ‘Olha, estou passando para vocês, vou passar o bastão, e vocês continuem a levar esse legado’”, avaliou a capitã da seleção.

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Marta foi eleita melhor jogadora do mundo cinco vezes (2006, 2007, 2008, 2009 e 2018). É bicampeã dos Jogos Pan-Americanos (2003 e 2007) e tricampeã da Copa América (2003, 2010 e 2018). Em 2007, ela foi melhor jogadora e artilheira da Copa do Mundo.

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