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Palmeiras testa sistema de reconhecimento facial para acabar com cambismo no Allianz Parque

Diretoria alviverde deseja implementar modelo na próxima temporada e, por isso, vai testá-lo na sede social ainda neste mês de novembro

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Foto do author Marcius Azevedo
Por Marcius Azevedo

Assim como outros grandes times do futebol brasileiro, o Palmeiras enfrentou problemas relacionados à venda ilegal de ingressos neste ano. Principalmente nos jogos de maior apelo, os torcedores alviverdes alegam dificuldades para encontrar entradas nos serviços oferecidos pela instituição. Para combater os cambistas e modernizar o acesso ao Allianz Parque, o clube deseja colocar em prática o modelo de reconhecimento facial e, para isso, vai realizar alguns testes antes de tomar uma decisão final.

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A princípio, existia possibilidade de o Palmeiras testar o sistema em uma partida do Brasileirão, mas tal intenção foi descartada. Campeão brasileiro, o time alviverde faz apenas mais uma partida como mandante. Será na próxima quarta-feira, dia 7, quando os jogadores vão receber o troféu pela conquista antecipada. O clube optou por realizar os testes na sede social, ainda neste mês de novembro.

“Em meados de novembro vamos instalar o equipamento no clube social para realizar testes. E no Paulistão já teremos esse equipamento. Ele será extremamente importante. Só assim para combater o cambismo. Isso é uma falta de respeito ao torcedor. Ele colabora e é prejudicado por essa conduta criminosa. Com o reconhecimento facial resolvemos isso”, afirmou Leila Pereira, presidente do Palmeiras, durante evento do Campeonato Paulista nesta semana.

Em setembro, o Palmeiras expulsou 200 cambistas do programa de sócio-torcedor e solicitou à Polícia Civil a abertura de um inquérito para investigar os infratores. Além disso, antes da partida contra o Athletico-PR pela semifinal da Copa Libertadores, diversos criminosos que vendiam ingressos ao redor do estádio tiveram os bilhetes apreendidos e precisaram prestar depoimento na delegacia. Apesar disso, ainda existem torcedores vendendo ingressos pelas redes sociais, sem qualquer constrangimento.

Palmeiras sofreu com o cambismo na temporada de 2022 Foto: Carla Carniel / Reuters

Atualmente, os torcedores do Palmeiras devem passar um código de barras nas catracas para entrar no Allianz Parque. Com a dificuldade de identificação na chegada dos fãs ao estádio, o cambismo castiga o time e os apoiadores. Entretanto, o clube entende que o sistema de reconhecimento facial, que é inédito na América do Sul, acabará com o esquema.

Para Samuel Ferreira, CEO da Meep, companhia de soluções tecnológicas para meios de pagamento que atendeu ao Allianz Parque e ao Mineirão, e será responsável por todo sistema de atendimento e pagamentos da Arena MRV, futuro estádio do Atlético-MG, é fundamental deixar o consumo mais simples e fácil no momento de fidelizar os consumidores. Além disso, os clubes devem garantir segurança no processo de compra dos clientes.

“A biometria facial é uma tecnologia de ponta extremamente fácil e de grande agilidade. Eventualmente no cenário dos clubes ela é uma ótima estratégia para otimizar o tempo e segurança dos torcedores, além de promover uma experiência única para qualquer consumidor que a adquira que estará presente no futuro dos eventos esportivos”, explicou Samuel.

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Entre os grandes clubes brasileiros, o Internacional é um dos clubes que já vem fazendo estudos e trabalhando para adotar uma tecnologia mais avançada no Beira-Rio, mas no modelo de biometria. “Estudamos para o próximo ano a implementação de leitura facial em alguns setores mais nobres do estádio”, comenta Victor Grunberg, vice-presidente de administração e patrimônio do Internacional.

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