Depois de divulgar seu apoio a Blatter em seu quinto mandato à frente da Fifa, argumentando que a entidade precisa de gente com experiência, Pelé, em passagem por Cuba, disse nesta quarta que o "o mais importante é ter gente honesta" no comando. Em entrevista à britânica BBC, Pelé, de 74 anos, disse que os casos de corrupção na Fifa não lhe dizem respeito."As posições que tomo são como ex-jogador. Quero que o futebol uma as pessoas e pare as guerras. É isso que o futebol consegue", disse, citando seu próprio caso quando jogou na África. Pelé está em Cuba como convidado do Cosmos para ver uma partida entre seu ex-clube nos Estados Unidos e a seleção de Fidel Castro.Pelé não espera pela renúncia de Blatter, aliás, como a amioria dos dirigentes de futebol do mundo. "Pegou a todos de surpresa. Mas digo que nesta vida, temos sempre de mudar. Para reorganizar coisas é preciso contar com gente honesta e a Fifa precisa de boas pessoas em seu comando." Pelé está em Havana, capital de Cuba.
Blatter renunciou quatro dias depois de ser eleito para mais um mandato. Na semana do Congresso da Fifa, em Zurique, no entanto, viu os membros da entidade serem presos acusados de corromper o futebol, entre eles o brasileiro José Maria Marin, presidente da CBF até 16 de abril. Blatter queria continuar no poder, mas se viu compelido a deixar o cargo. Disse que as pessoas do futebol não o queriam mais. Negou que a Fifa e ele próprio tenham participado de qualquer ato ilícito no futebol. Mas seu secretário-geral, Jérôme Valcke, é acusado de pagar propina de US$ 10 milhões a dirigentes sul-africanos pela Copa de 2010.Com a renúncia de Blatter, a Fifa terá novas eleições, o que deve ocorrer até o fim do ano ou em março de 2016. A Fifa continua sob investigação do FBI.
