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Platini condena cancelamento de jogo por causa de vaias

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Por AE-AP
Atualização:

O presidente da Uefa, Michel Platini, considerou absurda a idéia do governo francês de cancelar futuros amistosos, temendo vaias dos torcedores durante os hinos nacionais. Em entrevista publicada nesta sexta-feira no diário francês Le Monde, Platini rebateu as críticas do presidente Nicolas Sarkozy, que havia considerado as vaias dos torcedores da Tunísia, como um incidente escandaloso. O amistoso, realizado na terça-feira, em Paris, foi vencido pelos franceses, por 3 a 1, mas ficou marcado pelas vaias dos torcedores tunisianos durante o hino francês. "Mais uma vez o futebol foi tomado de refém pelo mundo político por causa destas vaias que se tornaram políticas e não têm nada a ver com o esporte", afirmou Platini. "Se começarmos a interromper uma partida porque há vaias, então nesse caso, nós deveríamos também parar a partida assim que um jogador for vaiado ou quando um goleiro afastar uma bola." No entanto, Platini disse que as regras da Fifa e Uefa prevêem que uma partida possa ser interrompida em alguns casos, como, por exemplo, em incidentes racistas. A Tunísia já foi colônia francesa e, atualmente, tem muitos residentes na França, que apareceram em grande número no amistoso entre as duas seleções. Para Platini, as vaias dos tunisianos demonstram apenas o desejo para a Tunísia vencer a partida. "Eu estou certo de que alguns desses jovens que vaiaram o hino francês na terça-feira, cantam o hino da França quando o país joga na Eurocopa ou na Copa do Mundo", concluiu.

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