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Rafinha é torcedor em campo e quer título inédito com o São Paulo para coroar a carreira

Experiente lateral superou influência da família na infância para torcer pelo time e pode levantar seu primeiro troféu com a camisa do clube no domingo

Foto do author Paulo Chacon
Por Paulo Chacon

Aos 38 anos, Rafinha tenta neste domingo, 24, um feito raro no futebol. Caso o São Paulo não perca para o Flamengo no Morumbi, na segunda partida da decisão da Copa do Brasil, o jogador conseguirá levantar seu primeiro título com a camisa do clube de seu coração. Capitão e grande liderança do elenco de Dorival Junior, o lateral nunca escondeu a relação que tem com o clube paulista e o grande sonho deste momento na carreira.

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“É legal você ganhar porque você fica marcado e é isso que falta no São Paulo. É o meu time, sou são paulino. Ganhei em todo lugar e falta ganhar aqui. Eu queria muito realizar o sonho de jogar aqui (no São Paulo), mas nunca tinha tido a oportunidade. Quando veio o interesse no fim de 2021 foi muito rápido. Tinha outras situações mais legais, mas era o São Paulo. Sou são paulino. Todo mundo fala do Flamengo, do Grêmio, mas era o São Paulo. Na época eu pensei ‘Torço desde criança, imagina eu ganhar um título aqui’. Entrar no Morumbi é muito diferente para mim. Eu tenho que ser campeão pelo São Paulo”, comentou o jogador em participação no Flow Podcast.

Nascido em Londrina em 1985, Rafinha superou uma forte influência familiar para torcer pelo time do Morumbi. De acordo com o atleta, a grande maioria da família escolheu o Corinthians como time do coração. A escolha pelo São Paulo teve a influência de alguns primos, um dos irmãos e o fator campo do início dos anos de 1990.

“Eu sou de 1985. Qual time estava bem, ganhando tudo e dominando o futebol dentro e fora de campo no início dos anos 90? Era o São Paulo. Eu parava para ver o São Paulo. Foi automático a escolha. Não tinha outra”, comentou o atleta no podcast.

Rafinha foi o autor do gol da vitória do São Paulo contra o Palmeiras no Morumbi pela Copa do Brasil  Foto: ALEX SILVA / ESTADÃO

Apesar do sonho, Rafinha reconhece que ainda falta um último pedaço para a conquista. Em 2022, o lateral fez parte do elenco do São Paulo que chegou nas finais do Campeonato Paulista e da Copa Sul-Americana e saiu derrotado de campo nas duas. Muito por causa desse passado recente, o atleta valoriza a “casca” do time do Morumbi e tenta mostrar que ainda não é o momento de festa para os atletas de Dorival.

“Chegamos no ano passado, a gente já sabe qual que é a receita, sabe o que a gente pode fazer e o que não pode fazer. Sempre é bom vencer independente do resultado, mas vamos deixar a euforia para o nosso torcedor. Nosso time no coletivo é muito forte, temos que nos preparar durante a semana e deixar para o torcedor a euforia, eles merecem, corremos por eles hoje. O que fizeram pela gente ontem foi surreal, hoje corremos pelo nosso torcedor”, disse Rafinha após o jogo de ida da final da Copa do Brasil.

“Um ano que parece 50”

No domingo o São Paulo e sua torcida no Morumbi terão o Flamengo pela frente. Atual campeão da Copa do Brasil, o time carioca tem uma ligação forte e recente com Rafinha. Apesar de ter começado sua reconstrução financeira e estrutural em 2013, com a chegada de Eduardo Bandeira de Mello na presidência do clube, a equipe do Rio tem o ano de 2019 como um marco em sua trajetória recente e Rafinha fez parte do time.

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Ao lado de Filipe Luis, Diego Alves, Gabigol, Bruno Henrique, Everton Ribeiro, Arrascaeta e companhia, o capitão do São Paulo foi campeão da Libertadores e do Brasileirão e guardou seu lugar no coração da torcida carioca. Contudo, Rafinha não esconde que nem ele mesmo não consegue explicar muito bem o que viveu com a camisa do rubro-negro carioca.

Rafinha ficou cerca de um ano no Flamengo Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

“Sabe o que é complicado? Eu joguei um ano no Flamengo e parece que foram 50. Parece que foram 10, 15. Foi um ano intenso, muito intenso. Com muitas conquistas, muitas vitórias e especial. Minha família me viu jogar. Tem um torcedor que trabalha no aeroporto do Rio que todas as vezes que ele me vê ele me manda para aquele lugar e pede que eu volte para o Flamengo”, tentou explicar o atleta.

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