O Santos vai ter uma nova cara no Campeonato Paulista e a tendência é que nos primeiros jogos seja inferior ao time atual. Os cinco candidatos que vão concorrer à presidência na eleição de 6 de dezembro prometem uma equipe competitiva e com jogadores midiáticos para atrair fortes patrocinadores, mas o vencedor terá problemas urgentes para resolver e pouco tempo para mudar o futebol. Robinho pode ser a primeira grande perda. O Milan deve usar o direito de interromper o empréstimo do atacante para colocá-lo em novo clube, nos Estados Unidos ou no Catar, visando a recuperação de pelo menos uma parte do muito que investiu na sua contratação. As vendas de Gabriel, Lucas Lima, Mena, Arouca, Thiago Ribeiro e Alison, entre outros, ficam na dependência de aparecimento de boas propostas. Os atuais dirigentes e os postulantes à presidência entendem que nenhum jogador é inegociável e que é preciso vender para reequilibrar as contas.
As contratações de reforços deve seguir o modelo adotado no mandato-tampão de Odílio Rodrigues Filho, que contou com o aporte de recursos do fundo de investimentos maltês Doyen Sports para levar Leandro Damião (R$ 42 milhões, mais juros de 10% em euros, por ano) e Lucas Lima (R$ 5,5 milhões) para a Vila Belmiro. São compromissos a serem quitados mais à frente pelo Santos e em caso de venda dos jogadores o clube tem uma porcentagem no lucro.
Mesmo antes da troca de comando no clube, há um primeiro listão de dispensa de jogadores, cujos contratos terminam no dia 31 de dezembro - os zagueiros Bruno Uvini (emprestado pelo Napoli), Neto e Vinicius Simon, o volante Renato e os atacantes Rildo (o Santos não pagou os R$ 400 mil à Ponte Preta pelo empréstimo) e Jorge Eduardo (é jogador do Audax) - e mais Rafael Galhardo, Pedro Castro e Lucas Crispim, que retornam de empréstimos. Vladimir também fica sem contrato no fim do ano, mas como ele tem sido reserva imediato de Aranha deve renovar.