Antes do clássico do fim de semana contra o Palmeiras, o São Paulo teve um bom teste nesta quarta-feira. Contra um organizado Barueri, o time venceu por 3 a 1 no Morumbi, pela nona rodada do Campeonato Paulista. Marcos Assunção abriu o placar, mas o time da casa virou com Washington, Marcelinho Paraíba e Henrique.
O resultado deixou a equipe na quinta colocação, com 17 pontos. Já o Barueri, que sofreu sua terceira derrota, segue com 12, na décima posição na tabela.
Ainda em busca da melhor formação tática, Ricardo Gomes arrumou o São Paulo com duas linhas de quatro jogadores. Esquema consagrado na maioria dos times, a versão do são-paulina ganhou um incremento: com a posse de bola, o zagueiro Renato Silva fazia as vezes de lateral-direito, com Cicinho no meio-campo. Deu certo, mas o técnico já adiantou que foi "apenas uma variação".
SEM QUERER
Com mais mobilidade na armação das jogadas, o time tocou a bola quando quis. Parecia ditar o ritmo da partida, mas foi surpreendido pelo Barueri, aos 21 minutos do primeiro tempo. Marcos Assunção cobrou falta da entrada da área e contou com uma contribuição de Rogério Ceni. O goleiro esperava o cruzamento, deu um passo para o meio da área e tomou o gol de cobertura. "Eu que errei. Foi falha minha".
No entanto, na saída para o intervalo, foi a vez do autor do gol - em rara sinceridade entre boleiros quando acontece lances parecidos - admitir a falha que deu certo. "Era para cruzar e a bola entrou. O meu erro induziu o Rogério ao erro", confessou Marcos Assunção.
SÃO PAULO | 3 |
Rogério Ceni; Renato Silva, Miranda, Xandão, Jorge Wagner; Jean, Richarlyson , Carlinhos Paraíba (Cléber Santana), Cicinho (Hernanes); Washington (Henrique) e Marcelinho Paraíba | |
Técnico: Ricardo Gomes | |
BARUERI | 1 |
Márcio; Éder, Paulão, Diego, Marcelo Oliveira; Ji-Paraná (Jefferson), João Vitor , Marcos Assunção, Carlos Eduardo (Renan); Flavinho e William (Araújo) | |
Técnico: Vinícius Eutrópio | |
Gols: Marcos Assunção, aos 21; Washington, aos 23 e Marcelinho Paraíba, aos 44 minutos do primeiro tempo. Henrique, aos 47 minutos do segundo tempo.Árbitro: Guilherme Cereta de LimaRenda: R$ 122.583,75Público: 5.445Estádio: Morumbi, em São Paulo (SP) |
RESPOSTA
Mas a alegria do time que agora tem sede em Presidente Prudente durou pouco. Mais precisamente, dois minutos. Washington, que já havia perdido uma oportunidade sem goleiro, dessa vez acertou o pé. Ele recebeu passe preciso de Richarlyson e soltou uma bomba cruzada, no canto do goleiro Márcio. Foi o terceiro gol do centroavante do São Paulo neste Paulistão.
Com a igualdade estabelecida, o time passou a colocar a bola no chão e usar mais a dupla Carlinhos e Marcelinho Paraíba - destaques positivos do rebaixado Coritiba na temporada 2009 e que pela primeira vez começaram uma partida juntos no time do Morumbi. O primeiro a todo momento trocava de posição com Jorge Wagner e Richarlyson, enquanto seu conterrâneo não se cansava de deixar os companheiros na cara do gol.
De tanto distribuir passes, Marcelinho Paraíba teve a sua chance depois que o zagueiro Paulão colocou a mão na bola, dentro da área. Antes do pênalti, o goleiro-artilheiro Rogério Ceni foi até o meio-campo e criou a expectativa na torcida. Mas quem bateu mesmo foi o atacante. Forte, no ângulo direito de Márcio, que caiu para o lado oposto.
"Já estava certo que se saísse pênalti, eu era eu o primeiro batedor. Ele [Rogério Ceni] veio só para perguntar se eu estava bem e depois para me dar um abraço", revelou Marcelinho Paraíba.
RITMO LENTO
Na volta do intervalo, o São Paulo claramente tirou o pé. O time passou a administrar o resultado e só voltou a arrancar aplausos dos pouco mais de cinco mil torcedores com as entradas de Henrique e Hernanes, que substitui o cansado Cicinho.
Já no fim do jogo, Henrique, de 18 anos, recebeu passe de Cléber Santana, entrou na área e chutou entre o goleiro e a trave para fazer seu primeiro gol pelo profissional. "É uma alegria muito grande fazer um gol em um clube como esse. Bom que foi no Morumbi", disse o atacante.
Sem lá muita inspiração, o Barueri pouco atacava. O rápido Flavinho sumiu na segunda etapa e o time chegou mesmo de novo com Marcos Assunção. Dessa vez, o volante cobrou falta do meio-campo e deu trabalho para Rogério Ceni.