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Senado: homenagem aos 50 anos da conquista da Copa de 58

Jogadores como Zito, Zagallo, Djalma Santos e Pepe comparecem à cerimônia, que não conta com Pelé

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Por Redação
Atualização:

 Dida Sampaio/AE Jogadores da Copa de 58, juntamente com senadores, prestam um minuto de silêncio pelo falecimento da ex-primeira dama do Brasil, Ruth Cardoso, que faleceu aos 77 anos, na noite de terça BRASÍLIA - O Senado homenageou nesta quarta os integrantes da seleção brasileira que conquistou a Copa do Mundo de 1958, a primeira das cinco obtidas pelo país na história da competição. Para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que presidiu a sessão, os jogadores foram "heróis" por terem conquistado a façanha em campo e deram ao Brasil "orgulho e alegria, duas coisas que nem sempre aparecem juntas". O Brasil conquistou sua primeira Copa do Mundo com uma goleada de 5 a 2 sobre a anfitriã Suécia, com dois gols de Vavá, outros dois de Pelé - que disputava seu primeiro Mundial - e um de Zagallo, único presente à cerimônia. Compareceram à homenagem os ex-jogadores Djalma Santos, Pepe, Zito, Mazzola, Dino Sani, Moacir, De Sordi e Orlando. Pelé era aguardado, mas não apareceu. Antes do início da sessão, foi prestado um minuto de silêncio em memória dos nove integrantes da equipe de 1958 já falecidos, entre eles Vavá, Didi e Garrincha. Também estiveram presentes o ex-jogador sueco Kurt Hamrin, que disputou a final, e Bengt Agren, coordenador representante do Comitê Organizador da Copa de 1958. Em nome dos ex-jogadores, Mazzola lembrou que muitos integrantes daquela equipe foram importantes pelo que representaram depois para a história do futebol mundial. Ele destacou especialmente o caso de Zagallo, definido por ele como "único homem que participou da conquista de quatro títulos Mundiais" (jogador em 1958 e 1962, treinador em 1970 e auxiliar-técnico em 1994). Por sua vez, Zagallo lembrou que a equipe fez uma viagem de 34 horas para chegar à Suécia e que uma das primeiras surpresas foi que a bandeira do Brasil não estava no hotel em que se hospedaram. Segundo ele, a competição representou o "pontapé inicial" para que a nação fosse reconhecida no mundo do futebol. Esta é a mesma opinião do jornalista Luiz Mendes, que cobriu o Mundial de 1958. "Antes nos perguntavam se a capital era Buenos Aires ou em que continente estava o Brasil, mas a partir de 1958, daquela lendária equipe, o mundo passou a saber", disse Mendes. Os campeões de 1958 receberão outras homenagens esta semana em Brasília. As comemorações terminam na sexta, com a inauguração da exposição "As marcas do Rei", sobre a vida e trajetória de Pelé, cujo talento ficou conhecido por todo o mundo após seu desempenho em gramados suecos.