RIO DE JANEIRO - O técnico brasileiro Marcos Paquetá, treinador da seleção da Líbia, garantiu nesta quinta-feira que o aeroporto de Trípoli "está um caos", em sua chegada ao Rio de Janeiro, após deixar o país devido às rebeliões contra o regime de Muammar Kadafi.
"Só tive noção da dimensão do problema quando chegamos no aeroporto da capital Tripoli. Era o caos: 80 mil pessoas tentando entrar no mesmo lugar e o trânsito estava terrível", relatou Paquetá a jornalistas, em sua chegada ao Rio.
Paquetá viajou acompanhado de um grupo de 14 brasileiros, entre os quais estavam sua mulher e sua filha, além do restante da comissão técnica da seleção do país africano.
O técnico, que dirige a Líbia desde julho do ano passado, disse que, desde o início dos protestos, ele e sua família ficaram isolados em seu apartamento nos arredores da capital, de onde era possível ouvir tiroteios, mas não puderam presenciar os conflitos.
Segundo o treinador, a comissão técnica e seus familiares deixaram o país a pedido da Federação de Futebol Líbia, que se encarregou de obter os vistos de saída.
Paquetá assegurou que pretende continuar a cargo da seleção do país africano e que não pensa em cancelar a próxima partida da equipe, um amistoso contra as Ilhas Comores previsto para 25 de março.