Considerado um torcedor símbolo da seleção brasileira, Clóvis Acosta Fernandes, conhecido como o "Gaúcho da Copa", faleceu nesta quarta-feira aos 60 anos em Porto Alegre. Ele lutava contra um câncer nos rins havia nove anos. "Ele escolheu morrer um dia após o aniversário do Grêmio e na Semana Farroupilha. Ele era gremista fanático", disse o filho Frank Damasceno Fernandes em entrevista à Rádio Gaúcha. O "Gaúcho da Copa" se tornou símbolo da seleção após acompanhar a equipe em inúmeras competições desde 1990. Foram sete Copas do Mundo e passagens por 66 países. Na Copa América disputada neste ano, no Chile, a reportagem do Estado o encontrou na cidade de Santiago. A partida contra a Colômbia, ainda na fase de grupos, foi o 160º jogo que assistiu da equipe nacional.

Na Copa de 2014, a foto na qual entregou uma réplica da taça Fifa, símbolo inseparável de suas viagens, para uma torcedora alemã, tornou-se a imagem do Mundial no exterior. Foi uma passagem simbólica do bastão após a derrota por 7 a 1 para a Alemanha, no Mineirão. "Deus não me deu a Copa do Mundo, mas me fez famoso", conformou-se. Além da medicação que tomava três vezes ao dia e da quimioterapia, o "Gaúcho da Copa" afirmava durante a Copa América que acompanhar a seleção era o melhor tratamento que poderia realizar.