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Melhor técnico do mundo inicia projeto no país

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Por / P.F.
Atualização:

Simon Jones é o tipo de treinador necessário para qualquer país. Ele já conduziu a equipe britânica às medalhas olímpicas, depois iniciou um trabalho na Austrália e levou o time ao topo do mundo. Agora parte para uma nova empreitada, desta vez no Brasil.Ele pode ser considerado um dos maiores especialistas do mundo no ciclismo. Conhece bem a realidade dos árduos treinamentos e sabe o que é preciso para fazer um time brilhar internacionalmente.Nesta conversa exclusiva, Jones contou como será o projeto que está iniciando no Brasil. Ele deve vir ao país em julho e, por causa de seu trabalho com os ciclistas australianos, só poderá retornar cerca de três a quatro vezes por ano. Mas este é apenas o começo de um projeto ambicioso, cuja meta é conseguir levar uma terceira nação ao primeiro mundo do esporte.Qual sua expectativa para os Jogos Olímpicos?Eu acredito que em Londres haverá uma batalha entre Austrália e Grã-Bretanha no ciclismo de pista. Essas duas equipes devem levar a maior parte das medalhas que estarão em disputa.Você acredita em quebra de recordes mundiais no evento?Acho que é possível. No feminino principalmente, com as provas de velocidade e de perseguição por equipes. Inclusive, a perseguição por equipes é um novo evento na Olimpíada e acho que podem chegar até a uma marca de 3min14s. No masculino, também na perseguição por equipes, um recorde mundial é possível, mas em uma margem mais próxima da atual marca, que é de 5min53s.Como será o seu trabalho no país para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016?Temos um longo caminho até lá e, portanto, estou focado no curto prazo, que é compartilhar o meu conhecimentos com os outros treinadores do LiveWright. Meu papel é apoiar esses técnicos e ajudar a desenvolver sistemas e processos que ajudem no desempenho para o futuro.Você acha que o Brasil poderá ter um campeão olímpico no ciclismo de pista?Acredito que seja possível, a questão é quando. Não sei se poderia ser em 2016, é complicado, mas em 2020 é possível. Até lá o país terá tempo de construir um sistema que dará suporte aos atletas talentosos e aos treinadores. Isso requer grande quantidade de recursos e, só para se ter uma ideia, custou para a Austrália e Grã-Bretanha cerca de US$ 16 milhões por medalha de ouro. É um longo processo que envolve muitas partes interessadas.

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