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Na primeira semana, Brasil larga mal e complica meta de pódios do COB

Desde Atenas-2004, país não tinha um desempenho tão ruim na primeira semana dos Jogos

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Foto do author Raphael Ramos
Por Ciro Campos e Raphael Ramos
Atualização:

A delegação brasileira que tem como objetivo estabelecido pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) terminar os Jogos do Rio com a melhor campanha em toda a história dos Jogos encerrou a primeira semana de competição com o pior desempenho do País nos últimos 12 anos. Desde Atenas, em 2004, o Brasil não conquistava tão poucas medalhas nos primeiros dias dos Jogos como agora.

No Rio, foram quatro pódios: um ouro, uma prata e dois bronzes. Em Atenas, o Brasil havia conquistado na primeira semana apenas dois bronzes.

Rafaela Silva conquistou a única medalha de ouro até o momento nos Jogos Foto: Marcos Arcoverde/Estadão

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O COB não vai fazer nenhuma avaliação pública sobre o desempenho antes do encerramento das competições. Porém, o Estado apurou que a entidade está preocupada com o rendimento no Rio.

A maior decepção da delegação brasileira, por enquanto, é a natação. Com uma equipe formada por 33 atletas (recorde nos Jogos), a meta era superar no Rio as três medalhas obtidas em Atlanta, em 1996, quando o País obteve uma prata e dois bronzes. Entre os favoritos ao pódio que decepcionaram no Parque Aquático da Barra da Tijuca estão Bruno Fratus, nos 50 metros livres, e Thiago Pereira, nos 200 metros medley.

A projeção feita pela CBDA (Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos) foi baseada depois de um ciclo olímpico no qual os atletas foram levados para treinos em altitude (nos EUA) e contaram até com óculos de luz e luvas de resfriamento para auxiliar a adaptação ao horário das provas no Rio, onde as finais começavam a ser disputadas depois das 22h.

Bruno Fratus Foto: Daniel Teixeira| Estadão

O que se viu no Rio, no entanto, foram vários atletas nadando com tempos superiores aos obtidos em competições de nível inferior, como Maria Lenk e Torneio Open.

Outra modalidade que ficou devendo foi o judô. No Rio, foram três pódios: Mayra Aguiar, Rafael Silva (ambos bronze) e Rafaela Silva (ouro). Há quatro anos, em Londres, o Brasil conquistou quatro medalhas. A própria CBJ (Confederação Brasileira de Judô) admitiu que ficou devendo.

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Judô e natação eram dois esportes considerados fundamentais nas contas do COB para o Brasil terminar os Jogos do Rio entre os dez melhores colocados no número de medalhas, com 27 ou 28 pódios.

A projeção foi feita ainda em 2009, quando o Rio foi eleito pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) para sediar os Jogos de 2016. Segundo o diretor executivo de COB, Marcus Vinícius Freire, estudos feitos por técnicos da entidade apontavam que até com 24 ou 25 medalhas seria possível ficar no Top 10.

O problema é que devido ao desempenho ruim nos primeiros dias de competição, mesmo com a redução da meta será muito difícil o Brasil alcançá-la até o próximo domingo, data de encerramento dos Jogos.

Outra decepção foi a eliminação precoce da dupla masculina de tênis formada por Marcelo Melo e Bruno Soares. Favoritos ao ouro, os dois caíram nas quartas de final e ficaram fora até da disputa pelo bronze.

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Soma-se ainda à lista de apostas para medalha Marcus Vinicius D’Almeida, do tiro com arco. Vice-campeão mundial em 2014, o atleta de 18 anos perdeu logo na primeira rodada eliminatória da modalidade.

Até agora, as medalhas conquistas pelo Brasil foram todas consideradas “previsíveis”. Felipe Wu, por exemplo, prata na pistola de ar 10 metros, chegou ao Jogos do Rio como líder do ranking mundial. No judô, os três atletas que subiram ao pódio também acumulavam bons resultados em competições internacionais de peso, como Mundiais, e já eram cotados para a briga por medalha.

Assim, para alcançar a meta do COB, a delegação brasileira terá de conquistar alguns resultados surpreendentes. Hoje, o principal candidato a azarão é o time masculino de polo aquático, esporte que o Brasil não possui nenhuma tradição, mas cuja equipe vem fazendo boa campanha.

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ATENAS-2004BRONZEJudô: Leandro Guilheiro e Flávio Canto.

PEQUIM - 2008OURONatação: Cesar Cielo.

BRONZEJudô: Ketleyn Quadros, Leandro Guilheiro e Tiago Camilo.  Natação: Cesar Cielo.

LONDRES-2012OUROJudô: Sarah Menezes.

PRATANatação: Thiago Pereira.

BRONZEJudô: Felipe Kitadai, Mayra Aguiar e Rafael Silva.  Natação: Cesar Cielo. 

RIO-2016OUROJudô: Rafaela Silva.

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PRATATiro esportivo: Felipe Wu.

BRONZEJudô: Mayra Aguiar e Rafael Silva.

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