PUBLICIDADE

Publicidade

Por Jogos, Marilson e Juliana deixam filho no Brasil e vão à Colômbia

Atletas vão se preparar no país durante um mês

Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Miguel Gomes dos Santos não recebeu bem a notícia de que a mãe irá disputar os Jogos Olímpicos do Rio. "Mas você já foi para o Pan", argumentou. O garoto de apenas cinco anos só agora começa entender melhor o que é uma Olimpíada, objetivo alcançado tanto pelo pai, Marilson, quanto pela mãe, Juliana.

A relação entre a Olimpíada e o garoto não é das mais amistosas. Afinal, por causa dela, os pais vão ficar um mês longe. Nesta terça-feira, Marilson e Juliana viajam até Paipa, na Colômbia, cidade localizada a 2.500m de altitude. A distância para o nível do mar é um fator determinante na preparação de fundistas para a Olimpíada.

Aos cinco anos, Miguel verá seus pais disputaram a Olimpíada no Brasil Foto: Divulgação

PUBLICIDADE

"Não dava para levar ele. A gente tem que estar concentrado nos treinamentos", diz Juliana, que vai deixar Miguel com os pais dela, em Santos. Classificada para os 3.000m com obstáculos, ela está acostumada a precisar viajar sem o menino, que não esconde sentir falta dos pais.

Mas essa deverá ser a última vez que os dois ficarão distantes por causa de uma competição. Se Juliana está indo para a primeira Olimpíada, Marilson vai parar depois de correr a maratona no Rio. Miguel entende que os dois vão competir na "corrida", com a diferença que a mãe precisa "pular obstáculos".

No Pan, Juliana ganhou o ouro nos 5.000m. À época, Miguel ficou com Marilson, que não se classificou para o Pan. Desta vez, o menino só voltará a ver o pai na reta final da Olimpíada. Juliana compete no dia 13 de agosto e, se avançar à final, também dois dias depois. Miguel a verá pela tevê. Depois, irá ao Rio para assistir à maratona junto da mãe, no dia 21, último dia dos Jogos.

Marilson Gomes dos Santos é o principal nome brasileiro na maratona Foto: AFP

Na volta de Paipa, ela ainda deve passar por Santos para matar a saudade do filho. Marílson vai direto da Colômbia à Cidade Maravilhosa. "Fico no Rio até o dia da prova, para me adaptar, porque há uma diferença muito grande no clima, especialmente a alta umidade relativa do ar", conta. "Estou esperançoso, porque a maratona é uma das provas em que tudo pode acontecer."PARTICIPE Quer saber tudo dos Jogos Olímpicos do Rio? Adicione o número (11) 99371-2832 aos seus contatos, mande um WhatsApp para nós e passe a receber as principais notícias e informações sobre o maior evento esportivo do mundo através do aplicativo. Faça parte do time "Estadão Rio-2016" e convide seus amigos para participar também!