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Scolari vence queda de braço e ganha atacante

Após muita polêmica e briga nos bastidores com o vice Roberto Frizzo, técnico festeja chegada de Ricardo Bueno

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Por Paulo Galdieri e Daniel Akstein Batista
Atualização:

Luiz Felipe Scolari mostrou seu poder mais uma vez no Palmeiras. Na queda de braço com a diretoria, o treinador conseguiu o que queria e ontem o clube acertou o empréstimo, até dezembro, do atacante Ricardo Bueno, do Atlético-MG. O jogador é aguardado na segunda-feira, quando vai realizar exames médicos.Felipão estava irritado com a, até aquele momento, frustrada negociação. Ele já havia costurado com Eduardo Maluf, diretor do Atlético, a troca entre Pierre e Ricardo - o vice-presidente Roberto Frizzo, que conduz as contratações, estava viajando. Quando o dirigente voltou e entrou no negócio, o resultado não foi bom: o volante foi para Minas, mas o atacante não veio para São Paulo.Ricardo Bueno trava uma batalha jurídica com o clube mineiro e ontem teve uma audiência. "A audiência foi positiva, ainda vamos nos acertar e o clube o liberou para negociar com o Palmeiras", confirmou Marcelo Robalinho, empresário do atleta. "Entre o jogador e o Palmeiras já está tudo certo."Faísca. Felipão e Frizzo não se dão bem. O dirigente tem sido criticado por ser centralizador. O presidente Arnaldo Tirone estuda arrumar um diretor de futebol para dividir o poder. Felipão aprova a medida. "O presidente poderia chegar no Galeano e falar: "você é agora o diretor"", disse o técnico, que não esconde como é sua relação com o vice. "O relacionamento é normal, de profissionais. Não envolve amizade."Para mostrar que ainda tem poder, Frizzo fez questão de aparecer após o empate com o Bahia, na quinta-feira, para reclamar da arbitragem - ele não costuma fazer isso, mas diante das circunstâncias preferiu marcar presença. E avisou: "Minha relação com o Luiz (Felipe Scolari) continua normal." O normal, no caso, não significa boa. E ele teve de ir atrás da contratação de Ricardo Bueno para não complicar mais a situação no clube.

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