A decisão da UK Antidoping (UKAD), a agência britânica, foi tomada pelo envolvimento de Skafidas no caso da velocista Bernice Wilson. A atleta foi suspensa do esporte por quatro anos depois de testar positivo para o uso de testosterona e clenbuterol durante uma competição em 2011.
Pelo que a agência informou, no entanto, a responsabilidade pelo doping foi toda de Skafidas. O técnico teria fornecido as substâncias proibidas à atleta de forma mascarada, garantindo que tratava-se de um multivitamínico. O treinador também representou Wilson em seu julgamento em 2011 e forneceu informações falsas ao tribunal.
Se não bastasse ter sido o responsável pelo primeiro afastamento da atleta, Skafidas repetiu a dose anos depois. Pouco antes de Wilson voltar às competições em 2015, o treinador voltou a dar-lhe substâncias proibidas de forma mascarada. O resultado foi que ela acabou novamente flagrada em um teste surpresa e foi punida mais uma vez.
A agência foi além e divulgou que Skafidas escondeu de Wilson os avisos dos testes enviados pela entidade ao fornecer uma conta de e-mail falsa para a qual os dirigentes mandaram os alertas.
As atitudes de Skafidas surpreenderam até mesmo a UKAD. "Este caso não é apenas incrivelmente perturbador, como também triste", disse a diretora do órgão, Nicole Sapstead, que foi categórica ao afirmar que o treinador "destruiu" a carreira de Wilson.
