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AS LIÇÕES DO SEVENS DE PUNTA

Apesar de ser uma importante oportunidade para dar experiência internacional à nova geração de atletas no Brasil, a seleção de Sevens sentiu muito a falta de três de suas estrelas, no duro torneio Punta Sevens, disputado no último fim de semana em Punta Del Este, no Uruguai.

Por brunoromano
Atualização:

A maioria dos times, além de estarem repletos de jogadores rodados, já haviam jogado contra as seleções da Argentina e do Uruguai antes do torneio. Além disso, tudo fica mais difícil quando se tem jogadores como Fernando Portugal machucado em São Paulo e dois dos melhores atletas da seleção, Moisés e Lucas Duque, fora do país em uma viagem de testes de rugby na Europa.

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Três jogadores podem não parecer muita coisa, mas na verdade trata-se de praticamente metade de um time. Por isso é preciso ter um olhar atento, não somente aos resultados e sim ao fato dos novos jogadores terem atuado junto em uma nova combinação - o que vai ajudar nos confrontos que estão por vir.

No domingo (8), segundo dia de competição, o Brasil foi derrotado pelo UAR 7 (26-5), equipe formada por jogadores argentinos do PLADAR que acabou campeã do torneio. Depois de ver um rosto novo como Rivaldo sendo tirado de campo após um forte tackle, só podemos torcer para que ele esteja bem e prontamente se recupere para o restante das competições, aproveitando ao máximo sua estreia no rugby internacional.

O jogador de 20 anos Du, atuou em uma posição na qual não está acostumado, de half scrum, o que é ótimo para vê-lo jogando com mais responsabilidade e com a bola na mão, por sorte características que sempre foram o forte de seu jogo.

Jogadores mais velhos como Gregg e Ige mostram-se sólidos como sempre, aparecendo bastante no apoio e nos rucks quando preciso. Sem atletas deste tipo fica difícil alguém chamar a responsabilidade e ter iniciativa de criar algo novo e especial para a equipe.

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O que nos leva de volta ao ponto inicial: boas tomadas de decisões fizeram falta à equipe.

Isso pode acabar se tornando positivo. Jogadores que estavam acostumados a acompanhar as jogadas de atletas mais experientes, que puxavam a maioria dos lances, terão de começar a criar algo a mais. É uma chance para os novatos carimbarem seus nomes, assim como uma oportunidade para os mais velhos fazerem mais do que seus papéis determinados.

Os próximos torneios, nos dois fins de semana que seguem, vão exigir mais sacrifício e garra da equipe, que deve usar essa experiência como um novo degrau em um caminho rumo as vitórias que estão por vir.

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