Brasil 7's: conseguimos pensar fora do mundo do rugby?

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Por brunoromano
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 Foto: Estadão

 

Sempre achei que o futebol americano poderia proporcionar bons atletas de Sevens. Quem assistiu ao Super Bowl e viu jogadores como Victor Cruz e Brandon Jacobs em ação devem concordar que suas capacidades atléticas poderiam ser ainda mais úteis em um campo de rugby.

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Entre as mulheres, imagine a velocista americana Marion Jones ou a própria Maurren Maggi levando o rugby a sério e competindo em alto nível. Seria mágico. A verdade é que vejo no Brasil pessoas com tipos físicos ótimos para o rugby e penso o que poderiam oferecer para o Sevens do Brasil.

Recentemente, em um workshop sobre o rugby 7's confirmei algumas destas ideias. O palestrante do dia falava sobre as diferenças do rugby XV para o olímpico, explicando a dificuldade de alguns jogadores em serem bons em ambas as modalidades. Ele destacava a diferença de um atleta olímpico e um jogador de rugby.

Outra confirmação veio de um contato com Scott Pierce, responsável pela academia de Sevens da Nova Zelândia. Pierce me contou como estão dando prioridade para o desenvolvimento do 7's feminino no país, em antecipação a Olimpíada. Além da sensação de "que bom que estão pensando nisso", meu outro pensamento foi: "até que enfim".

Mais uma vez dei atenção à ideia de que precisamos olhar para fora do mundo do rugby no qual estamos inseridos. Acompanhei treinamentos na Nova Zelândia onde mulheres de outras modalidades foram convidadas para treinar Sevens e se destacaram.

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Você deve pensar: "na Nova Zelândia todo mundo conhece rugby". Mas ficaria impressionado como estas garotas entenderam o jogo rapidamente e como as habilidades usadas em seus respectivos esportes começaram a ganhar destaque no campo de rugby.

Pense no trabalho de pés do futebol, na velocidade de um velocista de 100 m ou na resistência de um corredor de 1500 m. Misture com a potência de um lutador de judô ou jiu-jitsu e na habilidade com a bola na mão de um jogador de basquete. A maioria destes esportes é individual, sendo que o rugby dá a oportunidade para 12 atletas na Olimpíada.

Podemos olhar um pouco para fora do mundo do rugby e tentar encontrar mais promessas para o esporte. Com certeza acharemos talentos que estão escondidos em outras arenas esportivas.

 Foto: Estadão
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